Resultado final da 10º Edição do Concurso! Confira aqui O resultado da 10ª edição do concurso! LEIA MAIS
GRIGO OTOKO

3 em 3

Boa Noite Senhores, lhes trago hoje um pedaço de minhas fantasias e sonhos ainda não realizados(?!).
Como muitos já sabem eu sou o Lord Bear, Lord para os íntimos,  e hoje trago a continuação da história de Fábio, Marcelo e Rodrigo.


E para quem Não viu Ainda essa história




Eu estava sozinho no quarto, escutando Artic Monkeys e rabiscando coisas, pensamentos diversos iam e vinham naquele momento de solidão e paz do meu quarto, olhei para as paredes cor de marfim e para o pôster novo do MAD MAX que coloquei no quarto, na estante alguns brinquedos antigos e lembranças de viagens, uma pequena estatua de um casal dançando tango de quando fui a Buenos Aires, um Boné do Bulls de quando fui a Chicago, um pequeno Cristo de quando fui pro Rio de Janeiro, isso e outras quinquilharias compunham minha coleção.

Uma cama grande de casal, que caberia eu e meus irmãos meio imprensados, um guarda roupa com três portas corrediças, minhas estantes com meus preciosos livros, desde Game Of Thrones, Eragon e H.P. Lovecraft ao mangá mais novo do Cavaleiros do Zodiaco Gaiden e claro, não poderia faltar meu bom e velho Machado de Assis, esse é o meu quarto e mesmo com tudo isso, sinto que ele sempre está incompleto, faltando algo, eu sabia o que era, faltava o Marcelo sentado na minha cama, mexendo no seu tablete e o Rodrigo no chão desenhando algo novo era assim que meu quarto ficava completo, com eles nele, deixei meus rabiscos inacabados e fui para o quarto do Marcelo, queria me aproveitar dele enquanto o Rodrigo não estava em casa, Papai e Mamãe só chegariam mais tarde pois tinham ido visitar nossa avó.
Entrei de fininho no quarto, que como sempre estava muito bem organizado, ele debruçado sobre um livro e fazendo anotações com a mão esquerda, o único som era o rabiscar da caneta na folha de papel e o leve passar de uma página para a outra, me aproximei devagar e furtivamente dele, o abracei por trás passando meus braços por debaixo dos dele, encaixei meu queixo no pescoço dele e o beijei com todo o amor que sentia.
- Já te disse que te amo hoje?
Marcelo respirou fundo e largou a caneta, encostou a cabeça no meu peito e me disse:
- Disse várias vezes...
- Então vou dizer de novo, te amo mano...
- Eu também te amo Binho – ele me beijou e se levantou, me olhou nos olhos e me abraçou de volta.
 Ficamos assim por um tempo, um sentindo o calor do outro, sem a necessidade das palavras até ele me soltar e se dirigir para a cama, o Marcelo sentou lá e ficou calado olhando para as próprias mãos, eu conhecia aquela expressão de quem queria falar algo, mas não sabia como. Eu fiquei de pé em frente a ele e cruzei os braços, nunca tive paciência para isso, me agachei para ficar na altura dele e segurei suas mãos nas minhas.
- Fala Marcelo...  O que tá te incomodando?
- Nós... Tudo isso está me incomodando...
- Por quê? É bom, não fazemos mal a ninguém. E?
- E? Somos irmãos Fábio... Isso não é natural... É... É...
- Um amor Fraternal Marcelo, no momento em que você não quiser mais... eu... eu irei respeitar sua vontade – falar aquilo me doeu demais, era como rasgar um pedaço da minha alma, mesmo sabendo que era o certo a se fazer, aquilo me doía profundamente.
- Eu sei Fabio, mas essa dúvida fica amargando o que sinto por você e de certa forma, não sei como me comportar perto do Rodrigo... Eu me sinto mal por não contar a ele, afinal ele é como nós, nosso irmão.
 - Você quer contar a ele?
- Eu não sei... eu tenho medo que ele ache que nós somos anormais ou tenha nojo... – ele segurou a cabeça entre as mãos e eu pude ver todo o medo que vinha lhe atormentando, as dúvidas que o assombravam, o peso que ele carregava e a responsabilidade. Foi quando eu percebi o quão egoísta eu fui ao despejar minhas expectativas e meus desejos sem sequer considerar o que ele poderia vir a sentir.
- Desculpa Marcelo... e fui egoísta e mesquinho e não pensei em você, só pensei em me satisfazer... Minha curiosidade e minha vontade – não pude evitar, a compreensão veio junto com as palavras e com a confissão vieram as lagrimas – Desculpa... Eu sou sempre assim... Eu sempre esqueço das pessoas que podem ser afetadas... Eu sou um estupido Marcelo...Eu...
Eu estava começando a perceber os desdobramentos das minhas ações e imaginando o que poderia acontecer se eu tivesse envolvido o Rodrigo também, ele já é meio tímido, poderia ter se retraído mais ainda. Enquanto eu estava imerso nas consequências das minhas ações, Marcelo tinha soltado minhas mãos e começado a andar pelo quarto.
- Sempre você Fábio, por que você sempre pensa com a porra da cabeça debaixo ao invés da de cima e sempre causa problemas para todo mundo, como quando comeu a filha do professor e se gabou disso para escola inteira ou quando transou com a namorada do Lucas na festa do Junior, você e seu maldito sorriso... Sempre falador e alegre com todo mundo... Brincalhão e charmoso... Quem não cairia? PUTA QUE PARIU... ATÉ EU QUE SOU SEU IRMÃO... Você nunca pensou nisso Fábio?
- Não... Eu só senti à vontade e percebi que você também sentia e fui em frente... Eu senti a mesma coisa com relação ao Rodrigo, mas preferi não fazer nada com ele, apesar dos pesares eu tento proteger ele desse meu lado ...
Sentei na cadeira em que Marcelo estava antes, anestesiado, como se os sons estivessem abafados, meus dedos grossos e desajeitados, a língua inchada, o mundo estava de pernas para ar só por que eu me apaixonei pelos meus irmãos... E ao que tudo indica... Era recíproco.
- Fez bem, por que Deus sabe como ele poderia reagir Fábio, mas... eu preciso contar a ele Fábio. Você sabe a que ponto chegamos! Não vou mais fingir, Fábio.
            - Calma, mano.... Você sabe que isso não é normal, já não basta esconder de todo mundo isso, lhe negar às vezes... é difícil, mas necessário, mas tem que ser assim, você sabe das consequências, o pior de tudo é o Rodrigo...
Marcelo ficou calado por um tempo, como se refletisse sobre tudo o que já tínhamos discutido.
            - Éramos para ter contado a ele desde o início, ele é como nós, um de nós - Marcelo falou isso e cruzou os braços. - Teve uma época que me senti mal de estar com você, eu o via de vez em quando nos olhando e se sentindo de lado, como se esquecêssemos dele.
Ele baixou olhar sem me encarar, eu não aguentava vê-lo desse jeito, estilhaçado, sem rumo, foi aí que eu respirei fundo e lembrei, eu sou o mais velho, é minha responsabilidade cuidar de meus irmãos e minha responsabilidade cuidar de quem amo, me levantei e me aproximei do meu irmão mais novo, era engraçado como os dois tinham ficado mais altos que eu, o Marcelo um palmo mais alto, o rosto redondo e meio infantil, a pele castanha,  os olhos cor de oliva, sempre tão expressivos, agora se negavam a me encarar... Era vergonha ? Não... Era a mais pura e simples timidez, ele sabia, no fundo que nós três éramos um, ele tentava racionalizar aquilo, mas não conseguia, foi por isso que fiquei segurando as mãos dele, para que ele soubesse que não estava sozinho.
Finalmente ele se rendeu e me olhou, como eu era feliz ao encarar aquele olhar verde oliva de novo, daí nos abraçamos, agora não mais como irmãos e sim como amantes, eu o agarrei pela cintura ele pela minha, Marcelo encostou a boca na minha orelha e sussurrou:
- Te amo Binho... – Nos beijamos como se fosse um pulo num abismo... Nisso a porta do quarto bateu e a última coisa que ouvimos foram os passos de Rodrigo correndo para longe.


Indo Passear no bosque, Me lambuzar de Mel
#Doce
Obrigado a todos por lerem e principalmente ao meu revisor, o Grigolow.         Obrigado também por estarem sempre presentes em minha vida e pensamentos. Comentem e me falem o que acharam, sempre, pois a fome de vocês é o alimento para continuarmos aqui trabalhando
Boa  Noite


Com Carinho e Amor...
Seu Lorde.







   
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©B DE BARA

B DE BARA 
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