O Veterano - Part; 4

Boa Noite Senhores, lhe trago hoje um pedaço de minhas fantasias e sonhos ainda não realizados (?!). E espero que vocês realizem ao lerem essa historia!

E para fechar o mês eu trago mais um capitulo da Historia entre o Wudson E o Fernando.

Se você Ainda não conhece essa historia, pode acompanhar por aqui

Parte 1 - Parte 2 - Parte 3

Após aquela noite o meu mundo virou de cabeça para baixo, mas ele ficou na posição que eu queria, por incrível que pareça, tudo que eu sonhava, as trocas de olhares nos corredores da universidade;  o rosto dele corado quando eu dava um tapa discreto na sua bunda, muito durinha, no meio do pessoal; o modo como eu ficava sem jeito com aqueles olhos negros me encarando por trás dos óculos; o sorriso espontâneo e brincalhão surgindo em meio aquela barba mal feita, mais radiante que nunca, tudo isso era real e por estar acontecendo fazia com que fosse muito melhor do que eu sonhei.

O Wudson era pura alegria, como se aqueles medos nunca tivessem existido, essa confiança e alegria dele me contagiavam e faziam de mim o segundo homem mais feliz do mundo, o primeiro era ele...  E ele extravasava isso de forma que todo mundo pudesse ver, quando andava pelos corredores da universidade, com suas pernas grossas e peludas dentro de uma bermuda cargo e de repente corria um pouquinho e pulava para bater numa pilastra, caindo com um sorriso e olhos fechados; os olhos sorridentes emoldurados pelas lentes do seu óculos de leitura; a risada alta e um pouco assombrosa, ele sorria sempre, não importava aonde eu o visse; na academia levantando seus pesos; na cantina cercado por pessoas; nas aulas que tínhamos juntos, ele estava  de jeans, camiseta vermelha e sandálias havaianas, sentando na cadeira, uma perna cruzada sobre a outra, mão sobre o caderno anotando tudo e  quando se olhava para o seu rosto ele tinha um sorriso de canto de boca. Mas o verdadeiro motivo só eu sabia e era isso que me fazia sorrir como ele, afinal ele fazia questão de me dizer o motivo toda vez que tinha a oportunidade, fosse dentro do carro quando ele me pegava pra ir a academia; quando sentava atrás de mim na aula, fosse por um bilhete, ou colocando a cabeça no meu ombro, roçando a barba mal feita no meu pescoço; algumas vezes no meio da galera ele falava algo baixinho no meu ouvido e me fazia corar; as vezes no banheiro da academia no banho, ele dava um tapa estralado na minha bunda e dizia bem alto:

- EU AMO ESSE CARA HAHAHAAHAHAHAHA

Eu ficava vermelho e ria também, com medo de que uma ereção pudesse entregar o verdadeiro sentido dessas palavras. E principalmente quando voltávamos para casa, ele parava sempre na mesma praça, na parte da penumbra em meio as arvores, ao longe podíamos ver as pessoas caminhando e algumas sentadas nos bancos conversando, as crianças brincavam no centro da praça e os adultos conversavam, alguns casais mais distantes se beijavam e esqueciam o mundo ao seu redor e conosco não seria diferente.

Ali nas sombras, entre as arvores e dentro do carro ele me dizia o que eu já sabia de cor e salteado, o motivo que o fazia sorrir. Ele sempre olhava nos meus olhos, segurava meu rosto entre suas mãos enormes, respirava fundo e dizia:

- Eu te amo Fernando, você é o homem da minha vida, a minha razão de existir e eu me sinto tão feliz e completo em saber disso que tenho vontade de gritar, pichar as paredes com seu nome-  ele fechava os olhos e encostava a testa na minha – tenho vontade de te abraçar e te beijar e nunca mais parar, se pudesse ficaria abraçado com você para todo o sempre, só nós dois – ele gaguejava e não sabia mais o que dizer até que eu dizia.

- Eu te amo Wudson, essas palavras são poucas, mas dizem tudo, te amo com todo o meu s...– e ele sempre me interrompia com um beijo, um selinho, depois me encarava e se aproximava devagar, a respiração pesada, encostava os lábios nos meus e recuava para em seguida me abraçar e me apertar de repente, me beijando logo em seguida, invadindo minha boca com sua língua grande e grossa, quente e molhada, seu queixo barbudo roçando no meu liso, seu hálito sempre cheirando a algum doce, ele enroscava a língua na minha e me apertava, sua mão subia pelas minhas costas e me agarrava os cabelos da nuca puxando-os para trás, eu gemia e mostrava o pescoço, ele distribuía alguns beijos leves e delicados até chegar em meu peito, então ele mordia e me arrancava suspiros e gemidos que faziam parte do nosso mundo dentro daquele carro.

Eu tirava seus óculos, ele a minha camisa e depois a dele e íamos para o banco de trás, ele deitava e eu deitava por cima dele e ficávamos assim, eu fazia caricias no peito dele, brincava um pouco com seus pelos, ele respirava e fechava os olhos, me fazia um cafuné, passava a mão pelas minhas costas, entrelaçávamos nossas pernas e ficávamos ali, com o peito colado um no outro, trocando beijos, o banco não era grande o suficiente, então ficávamos meio tortos, hoje eu rio um pouco da situação, mas na época não achávamos defeitos, era nosso cantinho, onde podíamos nos beijar e nos abraçar, eu deitava a cabeça no peito dele e podia ouvir a batida do seu coração, era tudo perfeito e simples.

Nós dávamos as mãos e entrelaçávamos os dedos, cruzávamos as pernas e nos apertávamos com o desejo de virarmos um, nos beijávamos pedindo que o momento durasse para sempre, encarando um ao outro, sorrindo espontaneamente, roubando beijos e carinhos, o silêncio dizia tudo que nós precisávamos ouvir, ali naquele banco apertado deitado em cima do meu urso eu era feliz, muito feliz... Até um dos nossos celulares tocar repetidas vezes e quando percebíamos era 1h30 da manhã quase 2h e precisávamos ir pra casa. Ele me deixou na porta de casa, me sorriu e disse:

- Vai fazer o que esse fim de semana Fe?

- Nada até agora... se pai e mãe não inventarem um programa de ultima hora... Vou ficar em casa... o pessoal da minha turma não combinou nada também então...

Eu vi os olhos dele brilharem maliciosamente, um sorriso se abriu em meio aquela barba malfeita, num rosto redondo, meu urso estava aprontando algo.

- Você é meu no fim de semana, venho lhe pegar no sábado a tarde, vamos no cinema, assistir um filme e depois vamos para a minha casa, todo mundo vai viajar e vamos ficar com a casa só para nós – ele junta as mãos e olha pros céus como se fizesse uma prece brincando- amém vamos sair do banco do carro.... Hahahahaha

Olho para ele sério:

- Você tem certeza que está pronto? 

- Se tenho certeza? Eu tô implorando por isso... e eu sei que você também está, não finja que não sabe – ele põe o dedo na minha cara e me olha maliciosamente – eu sinto algo duro roçando a minha perna e deixando uma mancha na sua bermuda... vai me dizer agora que é um osso?

Eu fiquei vermelho e sem ação tentei falar algo, mas saiu algo do tipo:

- Você.. Não... Vo... Por que... Também... aff

Virei a cara com vergonha, estávamos na calçada da minha casa, a rua estava deserta, não passava nenhum carro na rua asfaltada, o portão de madeira da minha casa me esperava para entrar e a luz de um poste próximo piscava, tudo no mundo parecia sem sentindo, menos os seus olhos, sorriso, rosto, barriga, braços, tudo nele era mutável ou novo, por que toda vez que eu olhava acabava reparando num detalhe novo, uma nova ruga dos sorrisos, uma sarda, um jeito de pentear o cabelo, eu estava amando aquilo.

Ele me abraçou como faria com qualquer um dos seus amigos e falou:

- Esse fim de semana será nosso, vou perder a – Ele faz aspas com os dedos- virgindade... Hahahahaha e se você for quero tirar a sua... Com certeza... – um sorriso malicioso passou pelos seus lábios e ele entrou no carro...

Eu fiquei que nem um otário olhando ele falar daquilo com tanta naturalidade, quem diria que até algumas semanas atrás aquele era o Sr. Hetero, marrento e implicante... Bem ele continua assim, mas de um jeito fofo e gentil e...e... ele ainda estava ali dentro do carro me encarando com uma sobrancelha erguida e um jeito zombeteiro, olhei pra ele e cruzei os braços encarando:

- Vai ficar ai olhando ou vai embora?

- Estou esperando você entrar em casa...

- Eeer... tchau.. – entrei meio desconcertado e fui na ponta dos pés para o meu quarto, aquela noite eu dormi imaginando como seria aquele sábado, conhecendo ele provavelmente me levaria para a casa dele, me jogaria na parede e arrancaria minha roupa, como já ouvi ele dizer que fez com as outras, ele era bruto e selvagem, um urso selvagem  e demorado. Será que eu ia dar conta? Milhões de dúvidas começaram a rondar meus pensamentos e foi assim durante a semana, nossos encontros dentro do carro foram se tornando cada vez mais ousados, mãos dentro do jeans,  zíperes abertos, mãos em lugares intocados...

Chegamos a ficar de cueca, mas paramos ai, afinal ainda estávamos dentro de um carro e podíamos ser surpreendidos a qualquer momento, ele era um mestre em atiçar , sabia o que dizer, o que fazer, suas mordidas e seus beijos, suas mãos enormes fazendo do meu corpo seu parque de diversões, tocando, apertando, roçando, e quando eu estava quase lá ele parava e com um sorriso matreiro pulava para o banco do motorista e dizia que estava na hora. Eu não cabia mais em mim, rezando para o sábado chegar logo, por que senão ia ser dentro do carro mesmo, ele que me aguardasse se continuasse assim.

Enfim o sábado chegou, ele foi me pegar em casa a tarde, fomos assistir Guardiões da Galáxia, mas eu não estava nem ai para o filme, ele amou e idolatra o Rocket Raccoon,  jantamos e passeamos, minha paciência no limite, até que finalmente fomos para a casa dele, minha expectativa era gigantesca, nunca tinha ido a casa do Wudson, ele parecia ser de uma família com boas condições, seguimos por algumas ruas e em meia hora chegamos num bairro com alguns casarões, paramos em um deles, as ruas eram muito bem iluminadas e arborizadas, havia algumas pessoas caminhando e conversando,  a casa dele tinha um muro alto com cerca elétrica, decorado com pedras cinzas e pintado de branco, uma arvore enorme na calçada e um portão de alumínio que o Wudson abriu com um controle  de dentro do carro. Quando entramos eu vi um jardim gramado e uma garagem coberta, as paredes da casa eram pintadas de salmão, com janelões, o cachorro dele veio nos receber, uma coisinha que era a cara do dono, um ursinho preto em miniatura, pulou em cima dele e ele o mimou e cuidou, eu assisti aquilo surpreso, ele parecia  uma criança brincando com o cachorro, ri um pouco e ele  se recompôs, corado:

- Desculpa... Quando se trata do meu pequeno eu viro um retardado- ele cora mais e coça a barba-  mas meu companheiro aqui já viu o melhor e o pior de mim.

- Eu sei, só me surpreendi um pouco quando você gritou “CACHOLO” com uma voz diferente e ficou fazendo sons estranhos.

-Eeeer .... – ele fica mais vermelho e coça a barba- você pode esperar aqui 5 minutos? Eu vou lá dentro preparar as coisas e volto.

Olhei para ele curioso e disse que sim, ele foi para os fundos da casa e ouvi o barulho de chaves e fechaduras se abrindo, depois ele fechou tudo, passou um tempo mexendo em algo lá dentro, ouvi um “ai caralho”, e ele gritou:

- vá lá pra porta da frente que eu vou abrir.

A porta da frente era uma de madeira que parecia de correr,  ouvi barulhos de ferrolhos, meu coração disparou, a porta começou a correr para o lado e eu vi que la dentro estava um pouco escuro, ele apareceu  sem camisa, me pegou pela mão e me puxou para um beijo, envolveu minha cintura num abraço e me puxou para dentro, não pude acreditar no que vi...

         

Eu Quando não estou de "Urso"

É isso Senhores o que eu trago para vocês esta noite...
o que será Que o Wudson Preparou que fez o Fernando ficar surpreso?

Pois é Senhores, é com estas dúvidas no coração 
que eu me despeço de vocês e
 Agradeço ao meu Revisor da vez, o Grigolow.

Boa Noite a Todos
Com Carinho e Amor
Seu Lorde