Boa noite. Estamos começando a trigésima edição
da coluna Otoko Repórter, um espaço informativo e opinativo no B de Bara. Este mês estamos iniciando o ano de 4.716 do calendário
chinês, o ano do cachorro!
Enquanto comemoramos o ano novo no dia 1º de janeiro na China
ele é comemorado em uma data móvel por volta dos meses de janeiro e fevereiro. Assim
sendo, nosso ano de 2018 D.C corresponde ao ano 4.716, que teve início no dia 16 de
fevereiro.
2017 foi comemorado no dia 28 de janeiro e 2019
será no dia 5 de fevereiro
Esta diferença acontece pois os ocidentais utilizam o calendário
gregoriano, que se baseia na posição do planeta Terra em relação ao Sol,
enquanto os chineses utilizam o calendário 夏曆 (Xia Li)que
usa a posição da lua e do sol para definir as datas.
Cada ano possui doze ciclos lunares, indo de uma lua nova a
cheia cada um, o que totaliza 354 dias. Para se ajustar ao ciclo solar, de
365,25 dias, a cada três anos se acrescenta um mês. Como se fosse o dia 29 de
fevereiro em um ano bissexto.
Esta imagem dá uma boa ideia do quanto estes dois calendários são diferentes
Por conta das relações diplomáticas os chineses usam o
calendário gregoriano no dia a dia, porém não abandonaram o Xia Li que também é
usado em muitos outros países orientais.
Comemoração
No ano novo os chineses realizam diversas cerimônias e festivais
culturais, as comemorações duram uma semana inteira e envolvem dança, música,
comidas tradicionais, fogos de artifício, além de troca de dinheiro e
presentes.
Ao contrário do branco, comum no ano novo ocidental, na China se
usa o vermelho como cor simbólica da paz e prosperidade.
O forte apelo visual dos rituais de passagem de ano e das
decorações faz com que a data seja comemorada por muitos ilustradores que não
se furtam de lançar em suas galerias imagens alusivas ao evento.
História
do horóscopo chinês
Uma das histórias mais contadas em relação ao ano novo chinês é
a que dá origem ao horoscopo chinês que por coincidência também tem 12 signos.
Mas estes são representados por animais ao invés de constelações. Porém, estes
doze animais seriam também aspectos do universo.
Segundo a lenda chinesa, Buda (que neste caso não é o Sidarta
Gautama) convidou todos os animais da criação para uma festa de Ano Novo,
prometendo uma surpresa a cada um dos animais.
O rato e o gato que receberam o convite juntos combinaram que
quem acordasse mais cedo despertaria o outro para que fossem juntos. Só que o
rato não cumpriu o acordo e além disso pegou carona na ponta do focinho do boi,
sendo assim o primeiro a chegar.
Quando a festa começou apenas doze animais compareceram; o boi;
o tigre; o coelho; o dragão; a cobra; o cavalo; o carneiro; o galo; o macaco; o
cão; e o porco.
Cada animal recebeu um ano para reger dentro de um ciclo e assim
sendo os demais fizeram um juramento que enquanto um estivesse pregando em seu
ano os demais ficariam fazendo boas ações em silêncio.
O gato ficou dormindo e só soube da cerimônia quando a festa já
havia acabado. Por conta disso o gato e o rato se odeiam.
Horóscopo
e astrologia (opinião)
Apesar da astrologia e das lendas não terem
de fato nenhuma influência cientificamente comprovada no comportamento das
pessoas ela não deixa de ser um aglomerado de bons conselhos bem genéricos ou
uma boa brincadeira.
Ou vai me dizer que você nunca
quis saber qual seria a sua armadura de ouro?
Devilman
Crybaby
A Netflix nos trouxe, em comemoração aos 50 anos
do polêmico mangaká Go Nagai,
a mais nova versão de uma das obras mais conceituadas deste autor, Devilman.
E apesar do traço fraquinho a obra está fiel
ao mangá original, porém trazendo também alguns temas novos. O sangue e as tripas
voando ainda estão lá, os demônios e as cenas de sexo também, a amizade e os
sentimentos mais puros dos personagens também, mas, também tem um excelente
personagem gay! A J.K. Rowling poderia ter
aprendido uma coisas com este anime.
Onde encontrar: Netflix
Investimento: entre R$ 19,90 e R$
37,90.
Este livro se
torna mais marcante pelo cenário que vimos no ano passado em que o tema da “cura
gay” voltava a ser discutido no Brasil. Li a resenha e estou bem ansioso para
ler o livro. Também tem uma adaptação para o cinema, mas sempre acho os livros
melhores.
Onde encontrar: Saraiva
Investimento: entre R$ 39,90 (físico) e R$ 29,90 (digital).
O Pantera Negra
O filme não veio para ser só mais um filme de super-herói como
foi o último filme dos Guardiões da Galáxia ou do Thor, mas sim para ser um
excelente representante do gênero.
Sem deixar a ação e o bom humor O Pantera Negra está carregado
de críticas sociais, mas sem usar um discurso enfadonho. Eu vi, aprovei,
recomendo e verei de novo.
Sexualidade frágil é pouco
perante este vídeo que chega a ser cômico. Será que os eleitores do Putin sabem
que eles convivem com gaysháa séculos e só eles não notaram? O problema é que
esta onda pode pegar no Brasil.
Fiquei bem
decepcionado. O fato do Dumbledore ser gay não fazia nenhuma diferença na saga
de Harry Potter, mesmo assim foi muito reconfortante quando a J.K. Rowling
revelou esta informação. Além disso ela também havia tornado oficial o romance entre o ex-diretor de Hogwarts e Grindelwald.
Eis que agora, no
momento em que este romance faria todo sentido pois os dois personagens devem
se enfrentar, tanto a autora quanto o diretor dão este vexame.
Isso só faz parecer
que a J.K. Rowling só quis se aproveitar do impulso da comunidade LGBTQ+ e não
contava com a possibilidade de ter que explorar este assunto em uma mídia mais
abrangente que a internet.
A luta por uma sigla cada vez mais inclusiva
é admirável. Nem comunidades com preocupações sociais acentuadas (como muitas
igrejas) apresentam tanta preocupação em incluir tantas variedades sob uma só
bandeira.
Porém, parece que muitos ainda não se acostumaram
a pensar na sexualidade como algo tão amplo.
Por respeito aos leitores, eu usarei apenas a
versão que considero resumida, LGBTQ+, mas saibam que para mim TODOS são bem
vindos na luta por um mundo mais tolerante, mesmo que cada um tenha suas dores
particulares.
E você? Concorda com tantas bandeiras se
juntando a causa? Qual a melhor sigla?
Está frase do
esquiador americano Gus Kenworthy se tornou uma das minhas declarações
favoritas. Vale a pena entender o contexto clicando no link.
Encerramos por aqui a trigésima coluna Otoko
Repórter. Espero que tenham gostado e que esteja desfrutando também do novo
visual.
Gostaria de ver muito mais interações este ano,
pois são elas que me fazem entender se um tema que eu abordei foi interessante ou
não e se mereceria ser abordado por outra ótica.
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Marduk Hunk Otoko
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