Resultados finais do 9º Concurso de desenho do B de Bara! Confira aqui os resultados finais da 9ª edição do concurso de desenho do B de Bara! Obrigado a todos os participantes e aos leitores que votaram! LEIA MAIS
GRIGO OTOKO

Otoko Repórte Nº12



Boa noite. Estamos começando a décima segunda edição da coluna Otoko Repórter, um espaço informativo e opinativo no B de Bara. Antes de começar gostaria de dar um aviso que o chefinho pediu: A aceitação de envio de ilustrações para o concurso que se encerrava hoje foi estendida até Segunda-feira, dia 20 de Julho então não se esqueçam de mandar sua arte pois o prêmio vale à pena! Voltando ao tópico desta coluna, este mês, falaremos sobre sadomasoquismo e fetiches. Então, pergunto a você: Quais seus fetiches sexuais?

ATENÇÃO: ESTA MATÉRIA CONTÉM CENAS FORTES E ALGUMAS OPINIÕES PESSOAIS, ANTES DE LER É RECOMENDADO CAUTELA E QUE MANTENHA-SE A MENTE ABERTA.A

A inclusão de outros elementos durante o sexo que sejam alheios a mera penetração é muito comum. Isso faz parte do ser humano, somos capazes de fazer as associações mais diversas (e absurdas) que nossas mentes são capazes de imaginar. O sadomasoquismo não é muito diferente disso, uma forma diferente de sentir prazer associando o ato sexual a uma situação de dominação e um repertório de vestimentas.


Sadomasoquismo e a origem de tudo

O sadomasoquismo é a junção de duas tendências sexuais diferentes, mas complementares: o sadismo e o masoquismo. Estes termos foram criados pelo psiquiatra austríaco Richard Freiherr von Krafft-Ebing no livro 'Psychopathia Sexualis', de 1886.
Esta foi a primeira obra a falar de várias taras e incluía também o homossexualismo (sim, como doença) e enquadrava diversos fetiches como patologias também.
Porém, diversos conceitos deste livro já foram revistos e atualizados, como a própria homossexualidade que deixou de ser doença desde 1973, pela Associação Americana de Psiquiatria.


Sadomasoquismo: Conceitos

Basicamente Sadismo é a obtenção do prazer através do sofrimento alheio, masoquismo é o prazer obtido através do próprio sofrimento e bondage é o fetiche por imobilização.
Porém, apesar de serem distintos, é muito difícil não associarmos sadomasoquismo ao bondage por conta de diversos filmes e livros. Outros fetiches também acabam sendo  incorporados em maior ou menor grau dando uma dimensão muito maior ao BDSM.


Isso ocorre por um aspecto incomum entre eles: o fato de que quando a pessoa explora seus desejos sexuais ela se permite conhecer novas formas de prazer, sendo assim uma fantasia acaba levando à outra até que se construa um  leque de objetos e situações que sejam consideradas eróticas.


E as roupas de couro, onde entram nesta história? As roupas de couro são um aspecto cultural que foi construído dentro da comunidade BDSM por conta de diversas obras (filmes, livros, moda, músicas) onde elas também eram associadas à situações de poder (como o caso das botas militares e quepes explorados exaustivamente pelo Tom of Filand), força (como jaquetas de couro em referência ao movimento punk e as cuecas de couro que lembram as usadas por gladiadores) e dominação (como os saltos e solas altos que colocam quem usa em uma posição superior)


Um jogo de papeis

Uma sessão sadomasoquista consiste num jogo de papeis definidos consensualmente pelos participantes. O tempo e os limites que este jogo pode chegar são definidos por ambos, bem como a disposição de cada um em se entregar a estes papeis.
Mas como todo jogo, o S&M tem algumas regras fixas.
Dominador/sádico/top: é aquele que domina ou que sente prazer na dor ou sofrimento físico e psicológico do outro.
Submisso/masoquista/bottom: É a contraparte, aquele que se deixa dominar, o que aceita a dor e humilhação impostas.
Switch: São aqueles que podem ser dominadores em certos momentos e submissos em outros.
Vale lembrar que apesar de pressupor-se que todo dominador será ativo assim como todo submisso será passivo isso não é necessariamente verdadeiro.


Safeword: Trata-se de um sinal que o submisso usa quando a situação extrapola os limites que ele está disposto a suportar. É obrigação do dominador entender, respeitar e parar com a prática que estiver desagradando o submisso.
Existem diversos sites que criam uma lista de regras nas praticas S&M, mas estas são as mais gerais. O site português Estilo BDSM apresentou um conjunto de regras que, até agora achei o mais completo. 

Eu avisei...

5 dicas indispensáveis para a iniciação dos novatos

Muitos procuram alguma pratica BDSM para apimentar suas vidas sexuais, como uma forma de auto conhecimento ou mera curiosidade. Porém, existem certas atitudes que podem disfarçar o amadorismo e garantir uma experiência mais satisfatória. Afinal, muitos praticantes de BDSM não gostam de curiosos.


A mais essencial delas é saber o que se está buscando. Como a quantidade de práticas e fetiches que podem ser incorporados durante a sessão é quase infinita é bom ter certeza do que você gostaria ou não de experimentar. Aqui também vale lembrar que o BDSM não implica necessariamente em penetração ou qualquer tipo de contato sexual direto.



Em seguida, é importante que os praticantes se conheçam bem ou pelo menos confiem um no outro. Afinal durante uma sessão S&M o submisso estará completamente a mercê do dominador, logo é bom garantir que o dominador não seja um psicopata (no mínimo).


velas requerem certos cuidados mas valem cada pingo

É bom saber onde será a prática. Além de procurar um clima onde todos possam harmonizar seus desejos é importante que o lugar também seja propício a isso. A menos que os dois sejam exibicionistas, ninguém quer que a vizinha de 95 anos chame a polícia.


Depois, defina uma safeword e seus limites. É bom já deixar bem claro caso as coisas saiam do controle. Ela precisa ser compreendida pelos dois e de preferência um sinal que possa ser feito mesmo com as mãos amarradas, boca amordaçada e outras limitações.



E finalmente, É importante ser criativo e se deixar ousar. Uma sessão BDSM é o momento para se explorar a própria sexualidade, descobrir o corpo e conhecer aquilo que realmente te dá prazer. O limite é a criatividade. O mesmo vale para os objetos que forem usados durante a sessão, não precisa ser nada caro ou elaborado, o que conta são as sensações que eles provocam.



Muito além dos 50 tons de cinza

A palavra “fetiche” é derivada da palavra feitiço por conta da ideia de parafilia que existe por trás deste assunto. E parafilia é o comportamento que desvia a atração sexual da cópula e o deposita em um objeto ou comportamento.


Os psicólogos, em geral, consideram a maioria das parafilias normais e saudáveis, exceto, quando elas depositam o desejo sexual em objetos ou ações potencialmente perigosas ou quando elas se tornam uma condição estritamente necessária para o prazer sexual.



Mas se pensarmos um pouco mais no assunto percebemos que existem aquelas taras que são obviamente prejudiciais, como a asfixiofilia (quando o orgasmo só é atingido em estado de asfixia), a apotemnofilia (quando a excitação ocorre durante o ato de se amputar uma parte do corpo) ou a excitação em ser contaminado ou contaminar alguém com HIV.


Porém existem também as taras que não são prejudiciais, mas são legalmente e/ou moralmente reprovadas como a zoofilia (tara por animais) a pedofilia (atração por crianças) ou as formas mais ostensivas de exibicionismo.


Vale lembrar que este conceito de ilegalidade está condicionado as leis de cada cultura e país. Assim sendo, existem culturas em que basta a garota menstruar pela primeira vez para ser considerada sexualmente apta e outras em que o sexo com determinados animais não é condenado mas com outros tipos é.


Além destas temos as taras que não são necessariamente um crime, não são perigosas, mas são reprovadas dentro de algumas sociedades, sendo condicionados aos conceitos de certo e errado de cada cultura como fistfucking (que apesar do nome não precisa ser necessariamente com o braço), a fornifilia (atração por pessoas que se comportam como móveis), scatologias e afins. 




Dildos de Dino Jurassic World



Aproveitando a boa bilheteria do filme Jurassic World a Bad Dragon (falei dela na ORnº04) lançou uma incrível coleção de dildos inspirados nos caralhos de dinossauros. Alguns são IMENSOS, e dou meus parabéns para aquele que tiver coragem de usar um destes 0_o.



Preço: Variável
Onde comprar: Bad Dragon

Maciel Blood art

Como o assunto desta coluna é BDSM vou indicar uma excelente loja de roupas de couro. Além dos materiais terem um ótimo acabamento eles foram super atenciosos comigo da última vez que comprei lá. Eu aconselho!



Arreio de couro
Preço: R$125
Onde comprar: Maciel blood Art



Agora é lei, não há nada que possa ser feito para impedir. Claro que ninguém precisa se casar em baixo de um crucifixo de véu e grinalda, mas no papel é direito, nos EUA e no Brasil.
Certo, no Brasil já é legalizado desde 2013 e outros países já o legalizaram muito antes, então, por que tanto alarde?


Simples, pela própria influência que os Estados Unidos possui na cultura mundial. A partir deste momento diversos países que estão “em cima do muro”, por questões de globalização, se vêm mais pressionados a revisar suas constituições com relação aos cidadãos LGBT. 

Este é um dos exemplos quase imediatos desta influência que falei anteriormente. Agora só nos resta torcer pelos cidadãos dos outros 75 países.




Gengoroh Tagame  田亀源五


Site: http://www.tagame.org/
Nascimento:03 de fevereiro de 1964
Signo: Aquário/dragão (no horóscopo chinês)
Nacionalidade: Japonês
Ocupação: Artista e estudante de artes tradicionais japonesas

É inegável a atenção peculiar que este artista dá aos detalhes do corpo masculino. Ele desenha cada músculo, pelo e sombra como se preparasse seus personagens para um ritual.

Apesar de hoje ele estar com uma linha mais leve, foram as cenas fortes de sadomasoquismo extremo que consagraram este artista, fazendo-o ser reconhecido como o Tom of Filand japonês, alcunha esta que é reforçada pelo grande número de obras que ele publicou fora da terra do sol nascente (como na Itália, França, Espanha e Estados Unidos).




O mestre do mangá bara é descendente de uma família de samurais, por isso usa apenas o pseudônimo quando trata de arte homoerótica. Ele estudou design gráfico na Universidade de Belas Artes de Tama e logo em seguida iniciou sua carreira profissional como diretor de arte. Porém, só em 1994 que ele pode se dedicar integralmente ao bara.


Crítica de arte
Os trabalhos do Tagame variam bastante de tamanho, ao mesmo tempo que ele pública várias séries curtas ele também se dedica a séries mais extensas, o que dá um repertório de histórias bem variado.



Entre os temas mais abordados pelo artista estão sadomasoquismo, coprofagia, urofilia, amputação e castração. Mas o aspecto que ele mais gosta de explorar é a humilhação psicológica. Mesmo em trabalhos mais leves, como “O Inverno na Pousada de Pescadores”, “O Médico do Vilarejo” ou “Troca de Carreira” o autor procura sempre explorar alguma forma de pressão psicológica dos seus personagens.




Hoje, não é difícil encontrar material deste incrível artista na internet. Ele é inclusive um dos meus favoritos e tem vários trabalhos publicados aqui no B de Bara para o nosso deleite (e outros que provavelmente eu nunca vá traduzir).

Ele também publicou alguns trabalhos que não são voltados ao erotismo como o ilustrado aqui chamado "My Brother's Husband" ou em tradução livre "O Marido do meu Irmão"


Obras do Gengoroh Tagame publicadas no B 







Encerramos por aqui a décima segunda coluna Otoko Repórter. Espero que tenham gostado, pois este é um tema que gosto muito, logo, gostei de poder compartilhar um pouco com vocês, apesar de saber que tem leitores adversos a isso. 


Não esqueçam de nos seguir nas redes sociais e lembrem-se, se quiserem podem enviar sugestões de pautas, fandoms e notícias por e-mail também.


Aff, soh bixas lokas armaguradas e desesperada pra gostar dessas coisa
pq já não aproveita e se mata de vez?

11 comentários:

  1. Oláaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa...


    Assuntos polêmicos, rsrs
    A pergunta que não quer me calar... o que você comprou Otoko??? rsrs

    Disso tudo ai, só curto um Bondage bem leve... tem uns por ai que pelo amor, não, não. Aqui (meu corpo) não! rsrs

    ResponderExcluir
  2. Um arreio^_^ (direto né)

    ResponderExcluir
  3. da pra publicar o "my brother's husband" ?

    ResponderExcluir
  4. Ahh mais uma coluna ótima!
    Apesar de não praticar absolutamente nada do que foi falado(e não ter o menor interesse também heuheu),acho super interessante o assunto pois mostra o quão complexa é a sexualidade(e a mente num geral)humana.
    Sobre o Tagame: Amoo o traço dele,mais só leio as histórias leves hahaha
    Vaca de creta foi um dos mais bizarros que já li,achei que ele não podia se superar,mais depois de uma rápida busca descobri que ele PODE SIM hahaha
    Mesmo depois disso ele ainda é um dos meus favoritos,exatamente pela versatilidade e profundidade das histórias.
    Obrigado que pela excelente coluna e pelo show de informações Otoko

    Obs: Não sabia que tu curtia uma coisa mais hard heuheu

    ResponderExcluir
  5. Como sempre o B alegrando minha madrugada, ótima coluna alias.

    ResponderExcluir
  6. Ah, sobre o "guro" eu to de boa (algo me diz que não deveria estar xD) eu tinha um amigo que curtia essas coisas e ficava me mostrando... bizarro. E Tagame = God. Deve ter sido por causa dele que eu meio que perdi a sensibilidade ao ver certas coisas... Mas agora que você mencionou essa história "My Brother's Husband" (já tinha ouvido falar antes e fiquei com vontade de ler) fiquei com mais vontade ainda de ler, será que mesmo não sendo de conteúdo erótico e tal, vocês poderiam traduzir e postar? Eu adoraria ler e acho que os outros também xD

    ResponderExcluir
  7. Já li muito sobre BDSM, mas sempre gosto de ler mais sobre o assunto. Sou maso, mas longe de ser hardcore pra gostar das historias do Tagame XD

    ResponderExcluir
  8. Ai, ai... O que dizer desse incrível material que o Sr. Marduk nos traz periodicamente. =P
    Tenho um apreço muito grande pelo Mestre Tagame, pois Pride foi meu primeiro contato com o universo Bara/BDSM e fez-me perceber que eu sou um grande pervertido. ^__^
    É sempre bom ter um conteúdo diferenciado no B de Bara, adoro a parte da coluna sobre os autores Bara. Continuem com o ótimo trabalho!!



    Thank you Sir!!



    P.s.:Por favor, nem pensem em fechar esse blog.

    ResponderExcluir
  9. Adorei dou muito fã do Tagame!


    PS dei... uma espiadinha no site da Bad dragon rsrs

    ResponderExcluir
  10. Coluna temática muito boa e que faz pensar. Eu particularmente acho muito excitante as histórias que tocam nesse tema sadomasoquista, mas os videos pornos do gênero me causa repulsa =/ Talvez anos de Dragonball vendo homens sendo espancados tenha me feito ser mais atraído por mangás xD


    Fico pensando também, será que todo artista bara tem as experiências que relatanas histórias? =O Salvo amputação xP

    ResponderExcluir
  11. Essa edição veio mais quente do que eu esperava...
    Bastante informação da qual eu não tinha conhecimento sobre (acabei me identificando um pouco nesse meio,rsrsrs).
    Sou muito curioso com relação a fetiches (tenho muitos também),e um dia talvez eu possa realizar-los e me sentir mais aliviado sexualmente :3


    Enfim...Mais uma ótima matéria!

    ResponderExcluir

Layout by RobotSheep

©B DE BARA