Boa noite. Estamos começando a quinta edição da coluna Otoko Repórter, um espaço informativo e opinativo no B de Bara. Este mês o fandom está especial, além disso, falarei sobre a vida no armário. Então pergunto a você: Você está em Nárnia?
O tema deste mês não se trata de um armário propriamente dito,
mas sim de uma gíria do meio LGBT que se refere à condição do individuo que
esconde sua sexualidade da sociedade.
Quem escolhe esta condição tem tantos motivos quanto quem
escolhe “sair do armário”. E permanecer ou não na situação depende de cada
individuo e das
condições do meio em que ele vive e como ele está disposto a enfrentar-las.
O Conforto entre os
cabides
Esconder a sexualidade é muito conveniente dentro de uma
sociedade heteronormativa. Permite que aqueles que optam por isso possam
manter-se nos mesmos círculos sociais aos quais pertencem de uma forma mais
segura e confortável. Mas será que este preço realmente vale à pena?
Não vou dizer que não vale, afinal existem múltiplas situações
em que apenas uma ou duas respostas não resolveriam todas as questões.
Porém, me arrisco a dizer que a insegurança é o grande motivo de
muitos não estarem bem com a própria sexualidade. Afinal, quem leu a primeira
Otoko Repórter sabe que a sexualidade é algo tão variável que muitos podem até
se perguntar “será que é disso mesmo que eu gosto?” ou “será que não é só uma
fase?”.
Clique na imagem para ler a Otoko reporter nº01
Ficar no armário também pode ser uma forma de proteção contra o
preconceito. Tanto aquele vindo dos outros como o que pode existir dentro do
próprio individuo. Afinal, somos todos criados com o modelo papai-mamãe, além disso, a mídia de massa divulgou por muito tempo (e ainda divulga) uma
imagem dos gays que não é a melhor possível.
E também há o caso do preconceito do próprio meio. Já repararam
quantos jogadores de futebol e lutadores de MMA assumidamente gays o Brasil possuí? Para quem acha que os gays não existem nas artes marciais sugiro que
leia a entrevista que o Andeson Silva deu a revista Trip.
Mas para quem acha que estas declarações são
um sinal que não há preconceitos, rebato com outra entrevista, esta do
Minotauro, dada a mesma revista.
Quem nunca ouviu o velho
discurso machista: “preferia ter um filho bandido que um filho gay”. Como se
uma coisa excluísse a outra
Por que sair do armário?
Porém a vida em Nárnia (dentro do armário)
não é nada boa. A pessoa vive cercada de incertezas, com medo que “os outros
descubram ou desconfiem de algo" e principalmente, com medo do que pode
acontecer se alguém descobrir. Com o tempo este medo reduz a autoestima e
acaba impondo ações que arriscam a felicidade de quem não se assumiu como também
de outras pessoas, como em um casamento para manter as aparências. Então, será que
vale a pena sair do armário?
Passo a Passo para sair do armário
Sem sombra de dúvidas a primeira coisa que
alguém precisa para sair do armário é ter certeza sobre sua sexualidade e em
seguida ter coragem para enfrentar mudanças. Não há um cominho certo para se
tomar mas, estas são certezas que podem ser consideradas como o primeiro passo
na grande maioria dos casos.
Entre os amigos
A questão é simples, se os seus amigos não te
aceitam por você ser gay ou bi eles não te aceitariam se você não gostasse
exatamente das mesmas coisas que eles, também não te ajudariam se você tivesse qualquer
outro problema e se aproveitariam de você caso tivesse alguma vantagem.
Então, ser aceito pelos amigos é uma das
barreiras mais fáceis de serem transpostas e também de avaliar a índole do
circulo de amizades.
Na escola ou no trabalho
Estes são locais onde você não precisa
anunciar sua sexualidade aos quatro ventos, mas deixá-la clara e brigar pela
aceitação com certeza vai evitar aquela enxurrada de piadas de mal gosto.
Um bom exemplo de enfrentamento ao
preconceito foi o combate que os alunos de um cursinho em São Paulo fizeram às
piadas homofóbicas dos professores.
Na família
Com certeza este é o passo mais importante. A aceitação da família é o melhor apoio para qualquer um. Eu, pessoalmente, acredito que o amor possa vencer qualquer barreira. Então se um pai ama seu filho, o amará da forma como ele for. Mas sei que esta não é a situação de todas as famílias e algumas podem precisar de tempo para entender que o filho é gay ou bi.
Famílias muito conservadoras, tradicionais ou
religiosas também podem ser mais extremas ao ponto de expulsar o filho de casa.
(eu já presenciei isso). Nesta situação eu aconselho estar financeiramente
preparado e sair de casa de cabeça erguida, pois não escolhemos a família em
que nascemos, mas escolhemos aquela que faremos.
Para a Sociedade
Uma vez estando bem com você mesmo, você não precisa dar satisfações à sociedade, não precisa assumir trejeitos que não sejam seus ou mudar os seus hábitos para dizer o que você é ou não é ou anunciar com quem você transou aos quatro cantos do planeta.
Mas claro que se você for uma figura pública
sua coragem pode inspirar muitos outros a buscarem uma vida melhor.
Para encerrar esta matéria sugiro que dêem
uma olhada no vídeo do Lenadro Zagi que resume bastante o que coloquei aqui.
Marina Silva volta atrás sobre casamento gay
A posição que um candidato assume sobre
determinados assuntos diz bem como ele guiaria o país se eleito. Acontece que
um candidato quando eleito a qualquer cargo público deixa de representar
unicamente as classes sociais a qual pertencia e passa a ter a obrigação de
representar um povo como um todo dentro de sua diversidade.
Não estou dizendo que a Dilma e que o Aécio
sejam opções melhores. Mas uma candidata que mude seu plano de governo para dar
menos direitos a uma parcela da população por conta da opinião antiquada e
homofóbica do Deputado Federal Silas Malafaia, merece ser questionada.
Por isso gostaria muito que vocês votassem
com consciência, afinal é o futuro do nosso país que está em mãos. E garanto a
vocês que um candidato mal escolhido pode sim mudar o país para pior.
Ativismo não é colocar uma sunguinha e
desfilar em uma avenida segurando uma bandeira colorida
Mudanças no B de Bara
Nossas redes sociais já voltaram a todo vapor. Lá
teremos conteúdos exclusivos além de podermos interagir mais com vocês. Para
acessar basta escolher um dos gostosos ai do lado^_^. Confira mais informações no post do chefinho. Papo com Grigolow_BJ #21 - Mudanças
Dê férias para
o F5! Note, também que nossos comentários, estão em tempo real.
Criador de "Game of Thrones" diz que fãs pedem mais sexo gay nos livros
O que me
impressionou nesta notícia não foram os fãs, mas o fato de George R.R. Martin
falar da possibilidade de poder atender estes pedidos se necessário para o
desenvolvimento da trama.
Como sei que os
personagens que mais gostaria de ver em uma cena de sexo nunca vão transar vou
ter que procurar alguma fanfic com eles.
Desafio os LEITORES
a adivinharem quem são os dois personagens que gostaria de ver transando. Respostas dos membros da Stafs do B de Bara e
anônimos não serão computadas e só vou aceitar respostas em nossas redes
sociais com a hashtag #favoritosdootoko.
Tagame anuncia nova série
O aclamado autor bara Gengoroh Tagame anunciou uma nova série mensal, Oto no Otto ("O marido do meu irmão mais novo" em tradução literal) que será publicada na revista Monthly Action (月刊アクション) a partir do dia 25 deste mês.
Desta vez a história não terá pornografia,
mas nem por isso deixará de tratar de um relacionamento Gay. A trama conta a
história de Kana que mora apenas com seu pai Yaichi e a relação deles com Mike,
marido do irmão gêmeo de Yaichi.
A história pretende colocar em foco questões
como o amor e o casamento homossexual sobre a ótica de uma criança cheia de
questionamentos.
Apesar do Japão não ter tanta homofobia
quanto no ocidente a questão é um tabu por lá, sendo muitas vezes evitada. A
maioria dos japoneses pinta uma imagem cômica e divertida dos gays.
3 match puzzle
É basicamente um candy crush na versão bara. Você junta um combo com três carinhas
super fofos para completar a missão e no final libera uma imagem. Simples e
divertido.
Onde encontrar: Digiket
Valor: 1030 ienes R$22.02
Os cavaleiros do Zodiaco - Lenda do Santuário
Quem
aqui não está ansioso pela estréia do novo filme dos Cavaleiros dos Zodíaco? Eu
mesmo estou acreditando que valerá muito a pena. Nostalgia garantida.
Maria Fernanda
Idade:
28 anos
Naturalidade:
São Paulo
Profissão: Empresária
Estado
civil: Casada
Filhos:
Uma menina
Assim
que ela chega no Catacumba's Club eu logo aceno para que ela venha a uma
das mesas reservadas do canto. Ali está ela, usando calça jeans, camiseta cinza
e com as lentes dos óculos embaçadas devido a atmosfera do lugar: Fernanda, a
administradora do Bara Place.
Me sinto muito nervoso por entrevistá-la. Primeiro por ser em um
bar que mistura o estilo retrô da era vitoriana com uma masmorra
Sadomasoquista, em seguida, por se tratar da minha musa inspiradora e
finalmente por ser uma pessoa tão marcante no cenário bara brasileiro. Mas logo notei que
ela também estava nervosa, até mesmo agitada. Esta seria sua primeira
entrevista, e teria a oportunidade de conversar sobre o Bara Place pela
primeira vez após o término do blog.
Foi muito difícil achar uma roupa descente e que
coubesse para fazer a entrevista. Nada é fácil depois de engordar um
pouquinho-_-
Pedimos nossas bebidas a uma das maids (empregadinhas vitorianas)
do Olliver e nos cumprimentamos. Limpo o suor dos meus chifrinhos com um lenço
lilás, coloco meus óculos meia lua e um gravador sobre a mesa. – Podemos
começar?
Sobre o Bara Place
Otoko: Quando
e como começou o Bara Place? O que inspirou a fazer o Bara Place da forma como
ele foi?
Fernanda: O Bara Place foi
criado em 2010, na metade daquele ano, durante minhas férias. Já fazia algum
tempo que eu colecionava mangás no computador. Então decidi criar um blog, para
reunir as minhas histórias preferidas, e também para que meu marido parasse de
reclamar da minha pasta de mangás. Minha intenção original não era traduzir os
mangás, eu apenas reuniria as histórias em um único blog.
Foi quando eu percebi que,
apesar de terem vários blogs bara no Brasil, eram poucos os que produziam
conteúdo próprio. A maioria simplesmente republicava os mangás que já eram
traduzidos por outros blogs, e os mangás que eu mais gostava não estavam
traduzidos para o português.
Clique na
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Então decidi eu mesma traduzir
os mangás, selecionando histórias a critério de gosto pessoal, com temáticas
diferentes das que normalmente eram traduzidas. Assim, logo na primeira semana
do blog, postei minha primeira tradução: O mangá “Coincidência”, do autor
Takeshi Matsu.
Otoko: Você
começou o Bara Place sozinha ou haviam outros colaboradores?
Fernanda: No início era apenas
eu mesma. Nunca tive a intenção de criar um grupo de tradução, nem nada do
tipo. Minha intenção era apenas compartilhar os mangás. Mas, de repente, a
coisa explodiu. A cada dia o blog tinha mais comentários e visitantes. E então,
um dia, recebi o primeiro e-mail de alguém interessado a participar do blog (S2
Morruga).
Otoko: Haviam
outros colaboradores. Fale-nos um pouco sobre eles?
Fernanda: Contando comigo, eram
cinco os membros fixos.
Lee H, que ajudou com edição e
tradução de algumas histórias do Takeshi Matsu, mas ficou pouco tempo com a
gente.
O Diony, era um cara bem legal.
Ele mantinha um blog apenas de mangás estilo Furry. Um verdadeiro apaixonado
por furry que me deu várias dicas sobre o estilo.
O Marcos era um dos membros com
quem eu conseguia manter maior contato. Me deu muitas dicas, sempre aparecia
com algum mangá diferente. Certa vez, na falta de programa de edição de
imagens, me ensinou a editar um mangá através do MS Power Point!
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E o Morruga! Nós dois ficávamos
durante horas conversando pelo MSN ou Twitter. Brincávamos muito, conversávamos
bastante, e sempre que batia aquele desespero era só chamar ele que ele dava um
jeitinho de fazer alguma edição de última hora.
Haviam também alguns amigos,
que me ajudavam de vez em quando com revisão ou edição. Mas eles nunca quiseram
ser membros fixos do blog.
Otoko: Como
eram as rotinas de tradução no Bara Place?
Fernanda: Na época todos nós
estávamos na faculdade, então era complicado conseguirmos manter uma rotina
fixa. Todos eram livres para escolherem suas histórias, e as traduções
normalmente eram feitas durante os horários livres. Cada um tinha o seu estilo
de tradução e edição, e isso era bom pois mantinha uma variedade de estilos no
blog. Tínhamos a meta de conseguir lançar no blog pelo menos um mangá por semana,
mas nem sempre isso era possível.
Quem achou que
traduzir mangá não dá trabalho?
Otoko: Quanto
tempo demorava para sair um mangá?
Fernanda: MUITO! (risos)
Realmente demorava bastante tempo para um mangá ficar 100% pronto para ser
postado no blog. Dependendo da história, chegava a demorar vários dias, pois só
podíamos nos dedicar a elas durante o tempo livre.
O trabalho começava com a
escolha do mangá, onde conversávamos entre nós sobre as histórias. Logo após
vinha o trabalho de limpeza das páginas, correção de cores e então vinha o
trabalho de reconstrução (que normalmente era uma das partes mais demoradas).
Só então é que começávamos a tradução do texto, e antes de fazermos o
letreamento, fazíamos todo um processo de adaptação de diálogos e expressões.
Sempre achei o processo de
adaptação uma das partes mais importantes. Pois não queríamos apenas traduzir
os diálogos, queríamos que eles fossem compreendidos facilmente. Quanto menos
fosse necessário um glossário, melhor era. Claro que nem sempre isso era
possível, mas era sempre um dos objetivos.
Após a adaptação, fazíamos o
letreamento e depois a revisão das páginas. Só então o mangá estava pronto para
ser postado no blog.
Otoko: Que
outras postagens eram feitas?
Fernanda: Além dos mangás,
haviam as galerias temáticas. Elas eram legais, pois davam aos leitores a
oportunidade de conhecer o trabalho de outros artistas e também ajudavam a
manter a movimentação de postagens do blog enquanto não tínhamos novos mangás.
Havia também a sessão de papo
livre “De frente com Fernanda” (que nomezinho pra sessão, hein? xD), onde eu
batia um papo com os leitores, respondia dúvidas, e comentava aleatoriedades.
Eu adorava essa sessão, pois era nela que eu conseguia ter um contato maior com
os leitores.
Otoko: Qual
mangá foi mais bem recebido e qual mangá recebeu mais críticas?
Fernanda: O mangá mais bem
recebido foi “1/4”, do autor Mentaiko, traduzido pelo Morruga. Ela teve uma
aceitação espantosa, onde em menos de uma semana ele havia conseguido mais
visualizações do que todos os outros mangá publicados no blog. JUNTOS. O mangá
“Priapus”, do mesmo autor, também traduzido pelo Morruga, conseguiu efeito
semelhante.
Agora, o Mangá mais criticado,
não foi um mangá. Foi uma comic americana, de um certo demônio azul, que tem o
nome de uma das luas de marte (por favor, não falem o nome da história nos
comentários). A ideia era fazer um especial terror de dia das bruxas. Muitos
leitores gostaram da comic, mas alguns se sentiram ofendidos pelo teor da
história que ela continha.
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Em pouco tempo comecei a
receber e-mails de reclamação sobre a comic e algumas pessoas começaram a
denunciar o blog. Por exigência da google fui obrigada a remover completamente
a comic do blog e até mesmo apagar ou editar postagens onde eu apenas havia mencionado
o nome da comic.
Otoko: Existe
alguma tradução que você considera como sua favorita?
Fernanda: Mais de uma, na
verdade! Meus
xodós são “First Class Daddy” e “Love Body Delivery”. Tenho também um carinho especial por “Coincidência”, por ser
minha primeira tradução para o blog. Todas elas são do Takeshi Matsu. Sim, ele
é meu autor favorito! (risos ruborizados)
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Otoko: E teria uma
que deu mais trabalho que as outras ou que você não tenha gostado muito?
Fernanda: Não leve a mal, eu
adoro “O caso de Kannai Kun” do Takeshi Matsu, mas esse mangá me deu muito
trabalho. Não consegui encontrar páginas em boa qualidade para a tradução,
então tive que reconstruir muitas coisas. O problema é que eu nunca havia precisado
reconstruir tantas imagens, e estava com bastante dificuldade com o Photoshop.
Acredito que demorei umas 12 horas para editar esse mangá relativamente curto,
mas fiquei muito contente com o resultado final. Depois desse caso eu me decidi
a aprofundar um pouco mais os meus conhecimentos com o Photoshop e consegui
melhorar bastante a minha técnica.
Agora, o mangá que menos
gostei, com certeza, é “Eu queria dizer ‘eu te amo’ por inteiro” (é esse o nome
que coloquei, produção?). O problema não é o mangá, pois ele é uma das minhas
histórias preferidas, mas o problema é a tradução que foi feita por mim,
baseada em fontes diferentes. Não gostei dos diálogos que traduzi, não gostei
do título que coloquei, não gostei da edição que fiz.
Hoje eu colocaria um título
mais fluído, como “Eu queria te dizer o quanto eu te amo”, e adaptaria todos os
diálogos novamente.
Otoko: O
que mais te dava prazer no Bara Place?
Fernanda: Os leitores. Todo o
contato que os leitores mantinham com a gente era incrível. Além dos
comentários que eram publicados no blog, recebíamos muitos e-mails dos mais
variados temas. Recebíamos desde e-mails nos agradecendo por algum mangá, à sugestões
de histórias e contos, até mesmo desenhos dos leitores nós recebíamos.
Algumas vezes recebíamos
e-mails de leitores que estavam indecisos, com dúvidas, passando por problemas
pessoais, pedindo conselhos ou apenas alguém para poder desabafar. Num primeiro
momento fiquei muito assustada, pois eu nunca imaginei que isso aconteceria,
mas depois fiquei feliz pela pessoa confiar em mim ao ponto de querer conversar
comigo.
Assim que imaginamos os leitores toda vez que tem
novidade
Toda essa relação com os
leitores era o que mais me dava prazer no blog, onde até mesmo alguns leitores
se referiam a nós como a “família Bara Place”. Era gratificante sentir esse
carinho.
Quero até mesmo aproveitar este
momento para agradecer a todos os leitores do Bara Place. Muito obrigada por
todo o carinho que vocês sempre tiveram com a gente, obrigada por todo o apoio,
e por lembrarem da gente com tanto carinho. Queria agradecer ao Armand, que foi
um dos primeiros leitores do blog, e sempre esteve ao nosso lado (e continua
sendo figurinha carimbada no B de Bara [Ps.: Ele desenha muito bem]). Ao
“Estudante Yaoi”, que sempre estava ao nosso lado, mandando sugestões e
desenhos. À Giovanna, ao Felipe, ao Lompfy, ao Alucard e ao Douglas que sempre
estavam nos comentários, até mesmo quando não tínhamos postagens novas. À “Dom
Rafi” que me deixou acordada durante várias noites batendo papo no Twitter
sobre os mais variados assuntos. E a todos os outros leitores, que sempre nos
apoiaram em todos os momentos, que sempre nos animavam bradando “Go go Bara
Place”. Queria poder colocar o nome de todos vocês aqui, mas fiquem sabendo que
vocês estão nos nossos corações, e tenho cópias de todos os seus comentários no
meu Disqus.
O carinho dos leitores é o melhor presente
Otoko: Quais
dificuldades você enfrentou?
Fernanda: No início tive
dificuldades com o Photoshop. Mas fiz alguns treinamentos e depois de um tempo
me divertia com as reconstruções. O tempo também era uma dificuldade. Devido às
atividades extras que todos tinham, ficava difícil mantermos uma frequência de
atualizações. Mas acredito que a maior dificuldade tenha sido lidar com as
pessoas que estavam insatisfeitas por algum motivo com o blog. Desde
religiosos, às pessoas nos acusando de pedofilia e zoofilia.
Otoko: Como
era conciliar o tempo entre suas atividades e o Blog?
Fernanda: Era algo complicado.
Durante a manhã eu tinha faculdade, a tarde e noite era meu horário de
trabalho. Eu conseguia ver minha filha apenas durante o almoço, já que a noite
quando eu chegava em casa ela já estava dormindo. O trabalho com os mangás eu
fazia durante alguns minutos antes de dormir, após ter terminado todos os meus
afazeres. As vezes, eu colocava um prazo mental, onde eu me via obrigada a
terminar um mangá ainda naquela noite para o blog. Em dias que haviam postagens
no blog era comum eu ficar acordada até de madrugada revisando as edições.
Tiveram algumas vezes em que fiquei acordada durante toda a noite, onde eu
aproveitava para dormir um pouco no ônibus no caminho para a faculdade e para o
trabalho para compensar.
Sempre tem um tempinho a noite para...traduzir bara
Otoko: Quanto
tempo durou o Bara Place?
Fernanda: Acredito que o Bara
Place teve um pouco mais que dois anos de vida.
Otoko: Por
que o Bara Place saiu do ar?
Fernanda: Para falar a verdade,
eu também não sei ao certo. Foi algo realmente repentino, que me pegou de
surpresa. Tenho duas teorias, que são, invasão de conta ou suspensão do Google
devido alguma denúncia de conteúdo.
Grande maioria do público nos
tratava super bem, interagia com o blog, e gostava das nossas postagens. Mas
havia uma pequena parcela que simplesmente não gostava do que fazíamos. Depois
de algum tempo começamos a sofrer de ataques de pessoas que estavam dispostas a
prejudicar o blog.
Tivemos nossa página do
Facebook desativada, tentativas de invasão em minha conta do Google, os mangás
eram frequentemente removidos dos servidores, postagens eram denunciadas e o
Google exigia a remoção da postagem e imagens dos servidores e até mesmo comentários
e e-mails de pessoas “indignadas” com algumas postagens.
Foi terrível, gente, mas aconteceu
Em minha conta de e-mail eu
mantinha praticamente tudo, e este foi meu maior erro. Nela eu mantinha o blog,
o acesso aos arquivos, backups, mangás que estávamos trabalhando e até mesmo
arquivos pessoais que eu mantinha no e-mail para fácil acesso.
Ao tentar entrar normalmente em
minha conta para administrar o blog, recebi um erro de login, a conta não
existia. Tentei acessar o Bara Place, mas o blog também não existia mais. Foi
então que bateu o desespero. Se o Bara Place fosse apagado, tudo bem, eu teria
backups dos arquivos. Mas Estava tudo no meu e-mail, sem meu e-mail eu não
tinha mais nada.
Durante alguns dias eu tentei
recuperar a conta, mas como resposta obtive a explicação de que devido às
infrações, minha conta não poderia mais ser recuperada, e o nome do blog não
poderia ser reutilizado. Simplesmente fui tomada pelo momento, fiquei
completamente desanimada. Tomei este fato como a martelada final decretando o
fim de todo o trabalho. Loguei no twitter e vi leitores se perguntando o que
havia acontecido e eu simplesmente não tive nem coragem de responder. Excluí a
conta do twitter e limpei meus favoritos. Aquele era o fim.
Otoko: O
que mais te dá saudades?
Fernanda: As pessoas. Quando
você traduz um mangá e coloca todo o seu toque pessoal nele, e então em pouco
tempo você vê os leitores comentando, trocando experiências, e até mesmo
debatendo sobre as personalidades dos personagens do mangá, é algo incrível. Em
pouco tempo você até se espanta pelo quão intima você está com os leitores, ao
ponto de que receber e-mails de desconhecidos que querem apenas conversar com
você acaba se tornando algo natural. No fim a troca de mensagens é tão fluída
que você até mesmo esquece que está conversando com alguém que você nunca viu,
pois isso não faz mais diferença, você já se sente íntimo dela.
É desse sentimento de
comunidade que a gente mais sente falta.
Sobre Bara
Otoko: Convencionalmente
o foco do yaoi são as mulheres, enquanto o verdadeiro mangá para o público gay
seria o bara. Então nos diga, o que você gosta no bara?
Fernanda: Acredito que hoje,
aqui no ocidente, já se perdeu muito desta divisão de “shounen é para meninos e
shoujo é para meninas”. O que temos hoje são as denominações que distinguem os
estilos e linguagens de cada história. No Japão esta divisão ainda é mais
presente do que por aqui.
Para mim, bara e yaoi é a mesma
coisa que shounen e shoujo. Um terá a história mais bruta, com personagens e
traços fortes e com foco na ação. O outro terá uma história mais leve, com
personagens e traços delicados. Mas eu, pessoalmente, prefiro histórias que
fiquem no meio termo.
Adoro mangás shoujos. Tenho
vários em casa, e tenho Fruits Basket e Kimi ni Todoke como alguns dos meus
mangás preferidos. Mas não consigo gostar do estilo clássico de mangás yaois.
Os yaois têm o drama, tem
personagens profundos, tudo aquilo que me agrada. Mas o foco fica tão forte no
drama dos personagens, que acaba simplesmente se parecendo com qualquer outro
mangá shoujo. Os personagens de yaoi são tão delicados, que ao vê-los, não
consigo imaginar que eles são homens. Para mim, são apenas meninas sem seios.
Sei que o foco do mangá é a doçura e o sofrimento do personagem, mas se for
assim, então prefiro ler Ao Haru Ride.
Já os baras são completamente
diferentes. O traço é marcante, as histórias têm dramas mais adultos. O drama
está ali, mas não de forma exagerada e caricata como na maioria dos yaois. São
homens. Quando olho um personagem de bara eu vejo um homem de verdade, não uma
bonequinha com pênis.
Mas claro, existem muitos yaois
com histórias e personagens ótimos, do mesmo modo que existem muitos baras com
histórias e personagens terríveis. No fim, o que importa mesmo, é o mangá ter
uma boa história. Mas claro, é mais fácil me agradar com um mangá bara (risos).
Otoko: Que
tipo de história você mais gosta? E quais você não gosta?
Fernanda: Sempre gostei mais de
histórias onde os personagens são mais importantes que o sexo. Gosto de como os
personagens se desenvolvem ou reagem, ou até mesmo a confusão que ocorre
durante a história, onde o sexo normalmente é a consequência. Não me importo se
é uma comédia ou drama, o importante é ser uma história que me diverte.
Agora, histórias que eu não
gosto... Essa é polêmica e muitos poderão ficar decepcionados com a resposta.
(cara preocupada)
Não sou fã da maioria dos
mangás furrys que li. Gosto de bem poucos. Prefiro os mangás onde os
personagens tenham feições mais humanoides. Não gosto dos trabalhos do Shunpei
Nakata. As histórias e o traço dele não me agradam. Simplesmente não consigo me
simpatizar com o estilo dele. E também gosto de muitos mangás do Gengoroh
Tagame, mas a maioria dos mangás dele me assustam profundamente.
Otoko: Seus
baras já deram problema com seu marido? Se sim, pode nos contar?
Fernanda: Sim, mas nunca foi
nada grave. Ele nunca gostou muito da minha pasta de mangás, e quando ele
encontrava algum mangá perdido pelo computador ele soltava uma exclamação de
desgosto. Este foi um dos motivos pelo qual criei o blog, para ir eliminando
alguns mangás do PC. Mas o fluxo de mangás novos era maior que o fluxo de
mangás que saiam.
Mas nunca houve alguma briga
por mangás. Ele mesmo gostava de ler os mangás hentais dele de vez em quando, e
até fazia piadas com os mangás baras.
Encontraram a mala da Fernanda?!^_^
Otoko: Qual/quais
seus autores favoritos? O que você gosta neles?
Fernanda: Takeshi Matsu e
Tsukasa Masuzaki! Sim, eu sei, bem básico, mas são meus preferidos!
Primeiramente, o que mais gosto
neles, é o traço. Ambos tem traços lindos e marcantes. É impossível você não
gostar do estilo dos personagens. E em segundo lugar, o que gosto neles e a
variedade.
Ambos tem um leque gigantesco
de histórias, que agradam a todos os gostos. Se estou em busca de um mangá
sério, eu sei que eles terão. Se quero um mangá de comédia, sei que terão. Um
drama, terão também. Ou um mangá onde o foco é o sexo e nada mais, também
terão.
Otoko: No
Bara Place encontrávamos um leque muito variado de temas, como furry, shota e
alguns mais pesados, por que você optou por uma variedade tão grande?
Fernanda: Sabíamos que o blog
atingia leitores de todos os tipos, então buscávamos sempre manter uma boa variedade
de histórias para que todos pudessem se identificar com o blog.
Normalmente, os mangás que eu
traduzia, dependiam do meu estado de espírito no momento. Os outros tradutores
também tinham a mesma liberdade de escolha, com isso conseguíamos manter um nível
bem pessoal de histórias. A única exigência que todos nós tínhamos, era de que
sempre deveria ser um bom mangá, com qualidade, algo que nós mesmos gostaríamos
de ler.
Algumas vezes também chegamos a
publicar mangás antigos, para fins de curiosidade e culturais e acabaram sendo
muito bem recebidos pelos leitores.
Sobre Tradução
Otoko: Você
traduzia apenas do inglês para o português ou de outras línguas também?
Fernanda: Normalmente do
inglês, pois sempre tive maior afinidade com o idioma. Algumas vezes, com ajuda
de amigos, tentei fazer traduções do espanhol e francês, mas nunca me agradou o
resultado final. Os outros tradutores traduziam de idiomas variados, mas nenhum
de nós sabia ler em japonês e nunca encontramos alguém que soubesse. Uma pena.
Otoko: Como
você aprendeu inglês / e os outros idiomas dos quais traduzia?
Fernanda: Quando criança eu
adorava jogos de videogames, o que acabou despertando o meu interesse pelo
idioma. Quando meus tios e primos nos visitavam eles sempre traziam algum livro
de contos, poesias ou histórias em quadrinhos. E assim, com a ajuda deles e de
dicionários fui aprendendo à ler em inglês. Na adolescência comecei a estudar
inglês a sério, planejando um dia estudar no exterior, mas tive que mudar meus
planos no fim.
Certa vez, por impulso, estudei
francês por quase um ano. Mas acabei desistindo. Até hoje acho que foi uma
péssima ideia. Teria sido melhor eu ter investido em um curso de design, ou até
mesmo artesanato, pois eu teria me divertido mais.
Otoko: Com
que você toma mais cuidado na hora de traduzir?
Fernanda: A adaptação das
falas. Não adianta saber o que as palavras significam e fazer uma tradução ao
pé da letra. Sempre achei muito importante traduzir uma fala para o português e
conseguir manter o sentido original dela. A pior coisa é você ler alguém
traduzir “may i have the floor?”
como “posso ter o chão?”, por exemplo. Um dicionário informal sempre
ajuda em casos mais extremos.
Otoko: O
quê um candidato a tradutor precisa ter/saber, na sua opinião? Você tem alguma
dica para os nossos candidatos?
Fernanda: Principalmente, ter
um bom conhecimento do idioma que ele traduzirá. Saber editar as páginas é um
bom diferencial, mas ter uma boa tradução é o principal. Corrigir edições ou
até mesmo ensinar a pessoa a editar é fácil. Mas corrigir traduções é mais
complicado e, no fim você poderá acabar retraduzindo todo o texto.
Saiba aceitar as críticas e
sugestões de seu editor e revisor. Dicas ou correções de traduções não são
encheção de saco, querer que você melhore alguma edição não é pegar no pé, usar
as fontes corretas não é frescura. Cada detalhe faz a diferença, por mais
simples que seja. Tudo isso fará com que seu trabalho tenha qualidade e fique
ainda mais bonito.
E por fim, um dos pontos mais
importantes: Tenha bom gosto e não traduza apenas por traduzir.
Busque por histórias que tenham
qualidade, que sejam interessantes, uma história que você mesmo gostaria de
ler. Traduzir uma história apenas por traduzir, só para ter número,
simplesmente fará sua qualidade cair. Deixe as histórias ruins para quem se
contenta com elas. Busque sempre o melhor. Uma única boa história traduzida
vale mais do que dez histórias aleatórias quaisquer.
Otoko: O
Bara Place tinha muitos candidatos à vaga de tradutor? Teria uma média para nos
apresentar?
Fernanda: Na verdade não
muitos. Além dos membros que faziam parte do blog, me recordo de mais três
pessoas que se candidataram. Um deles não tinha o estilo que buscávamos no
blog, o segundo nunca retornou o contato e o terceiro ficou meio revoltado
quando fiz o teste e sugeri correções. No fim ele acabou criando o próprio
blog, traduziu uns dois mangás e abandonou o projeto.
Sobre você
Otoko: Quais
são seus passatempos?
Fernanda: Aos fins de semana e feriados gosto de passar o tempo
com minha família e amigos. Passar uma tarde na praia ou parque. Leio bastante,
mas, um dos meus principais passatempos são filmes e séries (s2 Netflix). A
palavra “Maratona” ganhou um significado completamente novo para mim depois que
eu descobri Doctor Who e Sherlock (te amo BBC). Ambas as séries são incríveis e
você precisa assistir!
Otoko: O
que gosta de ler, tanto mangás quanto livros?
Fernanda: Leio poucos mangás,
mas prefiro mangás Shoujos e Seinens slice of life (este também é meu estilo de
animes). Adoro Kimi ni Todoke, e recentemente fiquei curiosa para ler Ao Haru
Ride. Mas fiquei sabendo que o anime está bem fiel ao mangá, então vou deixar
para ler quando acabar a temporada do anime, para evitar spoilers.
Já livros, estive lendo Games
of Thrones por influência da série, mas é uma leitura longa então estou lendo
ele em parcelas. Recentemente li todos os livros de Serlock Holmes e atualmente
acredito que já li quase uma dezena de livros da série Doctor Who no Kindle.
Viciada? Eu? Não, nem um pouco... (risos)
Otoko: Fale-nos
um pouco sobre sua família.
Fernanda: Felizmente temos uma
boa relação. Eu e meu marido administramos a nossa empresa juntos, então sempre
temos muito contato. Estamos juntos a mais de dez anos, contando o namoro. Já
minha filha está na melhor fase. Está quase com sete anos e adora levar as
amiguinhas para brincar lá em casa.
Otoko: Você sabe que entre os tradutores você é
apelidada de “Mítica Fernanda do Bara Place” pela expressividade que seu blog
teve? Como se sente quanto a isso?
Fernanda: Não, não sei disso. É
sério? (cara de espantada) Mas acho que não sou mítica. Na verdade é até
estranho ouvir isso, não sei muito bem o que dizer. No Bara Place nós sempre
tentávamos fazer um bom trabalho, com carinho, algo diferente. Nós não
conseguíamos manter um grande ritmo de postagens, mas buscávamos sempre
fazermos o melhor para os leitores. Fico muito feliz de saber que mesmo após
todo este tempo, as pessoas lembrem de nosso trabalho com tanto carinho.
Neste meio tempo o Bara cresceu
aqui no Brasil. Se tornou um estilo mais conhecido entre o público, e muitas
novas histórias foram traduzidas. É muito bom poder imaginar que o Bara Place,
assim como tantos outros blogs que haviam na época, tiveram uma parcela de
culpa na popularização do bara no Brasil.
Otoko: Quais
seus planos para o futuro? Algum envolvendo Bara?
Fernanda: Minha família e a
expansão da empresa atualmente é minha prioridade. Planejamos passar alguns
dias de férias em algumas cidades de Santa Catarina em outubro, para aproveitar
a época de festas.
Mas sobre Baras, infelizmente é
algo meio incerto para mim. Adoro este mundo, adoro o contato com os leitores,
mas é algo que não penso no momento. As traduções demandam tempo e dedicação, o
que dificultam bastante as coisas para mim.
Mas essa não é minha palavra
final. Prefiro deixar meio em aberto esta possibilidade, pois nem mesma eu sei
o que farei daqui a um mês ou um ano. A única certeza que tenho, é que no
momento atual seria algo impossível para mim, mas futuramente, quem sabe?
Agradecimentos
Gostaria de agradecer ao
Grigolow, ao Otoko e toda a equipe do B de Bara por esta oportunidade de bater
este papo com vocês e esclarecer o que houve. Sempre que eu via algum leitor se
perguntando sobre o Bara Place eu tinha vontade de falar “Estou aqui”, mas
sempre fui muito covarde para isso.
Queria também agradecer a todos
que faziam parte do Bara Place: Marcos, Diony, Lee e Morruga. Obrigada pelo
trabalho incrível que vocês sempre faziam, mas acima de tudo obrigada pela
amizade de vocês. Me desculpem por nunca ter entrado em contato com vocês
durante todo este tempo.
E principalmente, muito
obrigada à TODOS os leitores. Obrigada por todo o carinho, por sempre estarem
ao nosso lado, mesmo após tanto tempo. Vocês é quem são o Bara Place, tudo o
que fizemos foi por vocês. Muito obrigada por tudo, e me perdoem por ter sido
fraca e desistido de tudo no momento de dificuldade.
Como um agradecimento, e um
pedido de desculpas, em breve vocês verão no B de Bara um mangá traduzido por
mim em parceria com o Blog. Espero que vocês gostem dele, pois foi uma história
que escolhi pessoalmente, com muito carinho, e me diverti muito editando ela.
Espero que tenham
gostado de conhecer um pouco mais sobre mim, e me perdoem por estes textos
gigantes. Espero poder me encontrar com todos vocês futuramente, e prometo que
falarei menos. Um grande abraço para todos vocês, e até a próxima!
Encerramos por aqui a quinta coluna Otoko Repórter. Espero que tenham gostado da entrevista com a Fernanda. Não sei se teremos outra mulher na Fandom depois dela, mas eu pessoalmente me diverti muito fazendo esta entrevista. Não esqueçam de nos seguir nas redes sociais e lembrem-se, se quiserem podem enviar sugestões de pautas, fandoms e notícias por e-mail também.
oww Wow
ResponderExcluirFernanda, sdds do seu blog <3
Que bom reencontrar a Fernanda! Saudades do Bara Place e de toda a equipe.
ResponderExcluirQuando o blog desapareceu pela segunda vez foi realmente triste, ainda mais pelo twitter ter ido junto e nada ter sido respondido... Praticamente dizia que o blog não voltaria mais. É realmente bom ter as respostas. :)
É bom saber que sua vida tá indo bem; espero que, algum dia, você volte pra esse mundo. keke
Obrigada pelo carinho @Amy e @Jordy Na moralzinha Mesmo. Também sinto saudades de todos. Não posso dar garantias que voltarei a este mundo Bara, mas quem sabe um dia? Talvez se eu incomodar muito o @Grigolow_BJ ele me deixe traduzir mais um mangá! :D
ResponderExcluirPs.: Agora posso deixar de comentar como Anônima! \o/
Marina....
ResponderExcluirMarina
ResponderExcluirQue surpresa boa essa entrevista com Fernanda! Eu adorava o blog e acompanhava todas as postagens. É realmente uma pena que a intolerância de algumas pessoas tenham causado tantos problemas. O B de Bara, atualmente, é o único blog que tem feito jus ao legado do Bara Place, em minha opinião. Então, parabéns ao B de Bara e muitas saudades da Fernanda e do Bara Place. As vezes ainda procuro pelo nome do blog no google, na esperança de um ressurgimento miraculoso. rsrsrs.
ResponderExcluirSobre a vida fora do armário, apesar de ser algo tão particular, estar "fora" é um alivio tão grande que não consigo evitar o sentimento de pena pelos que não se assumem, apesar de muitos se ofenderem com essa "pena" que sinto.
ResponderExcluirSou assumido para todos e as vezes acho o lado de fora mais vazio que o de dentro do armário!
#NarniaSuperLotada
Eita, o de hoje foi grande.
ResponderExcluirTô no armário há uns 8~9 anos. Recentemente comecei a abrir a porta, já dá pra ver um feixe de luz. Poucos amigos têm minha confirmação, mas tenho certeza que muita gente desconfia. u_u
Da família só meu irmão sabe, e ele é criança ainda. Só descobriu porque viu uma daquelas coisas que não podem ser desvistas: um mangá bara aberto no meu celular. Pois é, deve ter sido bem traumático. No começo ele levou numa boa, depois começou a falar umas coisas desagradáveis e tivemos umas discussões, mas hoje tá tudo bem (por mim tá tudo certo).
Acho que ainda não é a hora de sair, vou ficar aqui no conforto mais um pouco. :p
Dos candidatos à presidência, me parece que o Eduardo e o Levy são os menos piores. Ainda tô tentando me decidir em quem votar...
*aguardando ansiosamente a história do Tagame*
Tô acompanhando as notícias desse filme de Saint Seiya desde sei lá quando, tô muito ansioso aqui. Pelo que eu li nas críticas parece que a duração do filme prejudicou. É pouco tempo pra muito personagem, mas o hype ainda tá alto.
Pra Fernanda:
Infelizmente (?) eu não era viciado em yaoi/bara/furry na época do Bara Place, então tô por fora. :c
Confesso que fiquei surpreso ao saber que uma mulher casada e com uma filha gosta desse tipo de coisa. o-o
E feliz ao mesmo tempo, porque é legal saber que existem outras pessoas que não mudam certos gostos com o tempo.
Só por curiosidade, algum colega da faculdade sabia desse seu passa-tempo? :p
No começo eu era viciado em Takeshi Matsu, que nem você, mas hoje nem tanto. Ainda gosto, mas as histórias em geral são muito simples, sei lá. xP
Não gosto de yaoi pelos mesmos motivos que você, salvo algumas exceções. O Elektel Delusion do Nekota Yonezou é ótimo, principalmente porque ele inverte os papéis de uke/seme. Se tiver tempo, leia. São 3 volumes. Não vai se arrepender!
E é, seu maior erro foi depender de uma única ferramenta. Recomendo o Dropbox e o MEGA pra fazer backup dessas coisas "importantes" (bom, pra mim são hehe).
Mesmo com esses problemas acho que a experiência de 2 anos deve ter sido ótima.
Bem, boa sorte aí na vida. Foi legal conhecer um pouco de você. :p
Que lindeza de coluna, muito útil aliás. Um beijo para Fernanda primeiramente, foi bem triste saber o ocorrido por trás do Bara Place e nem dá pra julgar a decisão dela, qualquer um se sentiria desmotivado.
ResponderExcluirHmm, presidência, posso estar sendo um pouco ingênuo mas acho que vou de Luciana.
Sobre A Lenda do Santuário: que venham os fanarts bara!!!
Parabéns pela coluna Otoko (aproveitar e ler as outras aliás).
Olá, Vitor! Sabiam sim. Mas sobre o fato de eu ter um blog apenas uns poucos, que dependendo do caso até me ajudavam com algumas coisas simples em alguns mangás.
ResponderExcluirÉ exatamente isso. Esse clichê do Seme/Uke é algo que desanima bastante nos Yaois. Pode deixar que vou colocar este mangá na minha listinha :D
Na época eu não tinha muito conhecimento sobre armazenamento na nuvem, foi desinformação minha, pois eu sempre usava meu e-mail como forma de backup.
Com certeza, foi uma ótima experiência. Toda a interação com os leitores valia cada minuto. Muito obrigada, e desejo o mesmo para você! \o/
Muito bom, adorei o texto! Principalmente a parte sobre os professor e as piadas homofobicas, pois tenho alguns professores assim e sei bem como é. Também "estou em nárnia", tenho 17 anos, não me assumi porque realmente não é da conta de ninguem, apenas alguns amigos mais chegados sabem e me tratam super bem! Queria deixar aqui uma pergunta (e talvez um tema pra uma próxima postagem?). Eu comecei a gostar de uma amigo meu no começo desse ano, não estudo mais com ele, pois ele ja se formou, mas tento manter contato e ficar cada vez mais próximo dele pra ver se um dia tenho chance, mas o problema é que não sei a sexualidade dele. Ele nunca me pareceu ser gay (se é que existe um "jeito de gay", como o próprio Zagi diz), mas também nunca comentou nada que me fizesse acreditar que ele é hetero! E ai, vocês achariam "certo" eu tentar algo com ele?
ResponderExcluirCaramba, essa coluna é muito boa! Me sinto em casa aqui =D
ResponderExcluirVc faz um ótimo trabalho Otoko. E eu adorei a entrevista com a Fernanda!!!
Esperando atenciosamente pela colaboração *-*
Oláaaaaaaaaaaaaaaaaaaa... (reativei meu Disqus).
ResponderExcluirChorei. Falo mesmo.
Estou em um momento frágil da minha vida e ao mesmo tempo muito feliz. =D
Acabo de voltar de férias (e de Londres, 25 dias por lá).
E e e e e fui demitido ¬¬.
Ou seja. Ótimas férias e sem emprego, rsrs.
É um misto de felicidade (pelas memórias das férias), e uma infelicidade pela jornada em busca de um novo emprego, rsrs.
Voltei para colocar a minha leitura do B de Bara em dia, e uando vejo um entrevista com a Fernanda *-*
OTOKO sinta a minha INVEJA!
Fiquei muito feliz com isso. Adorei ler algo com a Fernanda (mesmo que uma entrevista), e "saber" de fato o que aconteceu com o Bara Place. Na época eu tinha imaginado algo desse tipo, mas não era uma certeza.
Eu ainda desenho Fernanda. Mantenho a minha conta no y-gallery.
E finalmente acabei de escrever meu livro (quase seis anos de trabalho), agora é só esperar as revisões e correr atrás de uma editora =D.
Fiquei muito triste naquela época com o seu sumiço, mas não lhe culpo por nada. Eu só não tinha como falar com você... os e-mail's voltavam.
Fiquei muito feliz, por você ter lembrado de mim. Vou até tirar print disso, rsrs.
No aguardo desse mangá que você traduziu...
Abraços.
Ñ consigo mais entrar na minha conta disso aqui, então, (F***-se!) vai como eu mesmo!
ResponderExcluirOtoko, como sempre, parabéns cara, uma coluna de conteúdo interessante divertida! amo a sua participação no blog. ^'^
Mas, o meu desespero por comentar é na verdade agradecer...
Fernanda, eu nem acredito que estou me dirigindo a vc... deixe-me explicar...
Na época em que o Bara Place apareceu, era um momento complicado da minha vida. Sou gay, assumido para a minha família, amigos, no trabalho, facul e onde mais possa interessar... Mas naquela época eu era mto pressionado pela minha família e religião (e por mim mesmo, o q era pior) a ser e me portar como Hétero. Acredito que vc ñ faça ideia do quanto esse fardo eh pesado, do quão mal isso me fazia.
E é ai q vc engtra...
Feh, no BP eu (meso com sentimento de culpa) me sentia mais livre, lah era o lugar onde eu me via como eu mesmo! Sendo quem eu era, fantasiava com a minha vida sem tudo aquilo q ru passava todos os dias...
eh, eu to chorando...
eu me sinto tão culpado sabe... visitava o blog todos os dias (no trabalho, na escola, escondido em casa com o celular da minha mãe...) e nunca, se quer uma vez, eu cheguei a fazer um comentário em uma postagem de tradução ou dizia um "oi" em um "De frente com a Fernanda".
Me doeu mto sabe, mto mesmo quando eu percebi q o blog avia sumido do nada... fiquei no minimo uns dois meses ainda procurando o blog ou se quer uma notícia dele... Sua...
Em fim! Tudo o q eu quero eh agradecer...
Vc foi a responsável pelo meu alto descobrimento e aceitação. Sehj eu me amo do jeito q eu sou, devo grande parde disso tudo a vc e a Família Bara Place por isso!
escrevi tanta coisa q nem sei se tu vai ler... mas, mesmo assim, obrigado.
Obrigado por ter explicado o q aconteceu, por dizer que, quem sabe um dia, volte a traduzir, obrigado por ter sido tão importante pra mim...
ATT: Paulo Augusto (White knight)
Otoko reporter como sempre trazendo assuntos bem interessantes :3 Eu n cheguei a descobrir o Bara Space, mas fiquei chocado q uma menina fosse a dona o___o assim como a pergunta do otoko, eu achava q as meninas só gostassem de yaoi haha xD Fernanda, espero que um dia você volte a lidar com baras de novo :33 #FernandanoBdeBara \o kkkkkkk, E Otoko, eu posso estar errado mas um desses personagens de GOT que você queria q tivessem cena de sexo gay, seria o Drogo? haha n sei vc, mas axo ele muito sexy kkkkk
ResponderExcluirAchei interessante chegar em casa hj e abrir o blog e ver uma postagem sobre sair do armário, já que decidi contar para alguns amigos meus que sou gay. E foi muito mais fácil do que eu pensava. Bom trabalho Otoko, continue sempre assim. Abraços.
ResponderExcluirMuito obrigada, @Paulo Augusto. Fiquei muito emocionada com o seu comentário. Muito obrigada por compartilhá-lo comigo.
ResponderExcluirFico muito feliz em saber que você conseguiu superar aquele momento difícil e em saber que te ajudávamos de alguma forma. Você não precisa se sentir culpado por nada.
Te desejo tudo de bom, que você seja muito feliz, e quem sabe um dia nos esbarramos por aí, não é? :D
@Armand, seu lindo! Que saudades de você!
ResponderExcluirLondres? Que inveja! Quero muito poder conhecer essa cidade um dia. Bater fotos ao lado de cabines telefônicas azuis, ficar perdida pelas ruas de Cardiff, tentando esbarrar em um Doutor e ser levada para uma aventura ~*-*~
Não fique triste, Armand. Pense que você não perdeu um emprego, você ganhou a oportunidade. Uma oportunidade de conseguir algo novo.
Me mande o link de sua Y-gallery! Quero muito ver seus desenhos, e não se esqueça de nos avisar quando seu livro for publicado! :D
Espero que você goste do mangá. Eu adorei a história. Quando eu li ela na hora eu pedi para o @Grigolo_BJ me deixar editá-la.
Um beijo para você também @Pedro Henrique! \o/
ResponderExcluirObrigada pelo carinho, Maciel. Espero que você goste do mangá que será postado aqui no blog em breve :D
ResponderExcluirFoi um prazer conhecer a Fernanda...Queria muito ter entrado no mundo do bara antes...Mas nao faz mal :3
ResponderExcluirPS:Sou habitante de Narnia...Mas vivo bem mesmo assim...
No meu modo de ver...Eu quero primeiro estar com alguem que amo pra finalmente expor isso as pessoas... eh isso :P
Otoko Detonando como sempre :D
Compartilho seus sentimentos. QUando sai muita coisa na minha vida melhorou também.
ResponderExcluirSim sim! Quem sabe! =D
ResponderExcluirWoooow. Emoções a flor da pele.
ResponderExcluirVocê está certíssimo. Cada um tem seu tempo, e fazer as coisas com o apoio de alguém que nos ama nos dá gás e disposição para enfrentar o que vier, boa sorte ô_<!
ResponderExcluirRealmente isso rende um tema para uma futura coluna sobre relacionamentos, está anotado.
ResponderExcluirMeldels eu chorei no final ;__; ~xorando~
ResponderExcluirBem, ola, essa é a primeira vez que eu comento nesse Blog XD.
ResponderExcluirEmfim, AMEI a matéria, me identifiquei muito com ela, tenho 17 anos... e vivo bem em Narnia HAHA, serio, eu não me assumo gay pois tenho medo da reação da minha família (são bem conservadores, sou o primeiro gay dessa família alias XD) Tenho uns amigos BI, e de certa forma Gays, não tenho vergonha de andar com eles (todos pensam que sou hétero) Mas quero sair de casa antes, tem meu próprio espaço...
Sabe, eu moro em cidade pequena (interior de SP) mas me sinto bem como sou, emfim essa matéria SÓ ME DEIXOU MAIS CONFIANTE SOBRE MINHA SEXUALIDADE.
Obrigado Otoko *-*
PS: queria muito ter conhecido o Bara Place, parecia um OTIMO Blog... FERNANDA SUA LINDA, TU É WHOVIAN, MDS, vamos juntos pra Londres explorar o tempo e o espaço com um certo Doutror *-* HEUAEUHAUEH
Eu normalmente não comento nada por aqui(sorry), mas após essa entrevista com a Fernanda eu tinha que me expressar em palavras e não em lágrimas(kkk...), mesmo assim não tenho muito a dizer. :/
ResponderExcluirOlá, @Fernanda.. Antes de começar direito, me desculpe pelas abreviações de algumas palavras..KKK.. É culpa do celular.. :P E tbm acho q falareii muita abobrinha mas espero q entenda, é a emoção.. :3
Chorei litros e fiquei muito revoltado na época em que o Bara Place saiu do ar, não sabia oque tinha acontecido com o blog e fique desesperado procurando por algo que explicasse o ocorrido, mas não achei nada.. Fiquei na espera do blog ser reativado o por noticias, mas não vi sequer rastro da existência do Bara Place.
Fiquei chateado, pois era o único site q eu acessava pra ver os mangás e Galerias... Após um tempo, tive q encarar a realidade e procurar novas fontes, achei várias, mas nada comparado ao que Bara Place foi.. É uma pena mas nunca tive a chance e coragem de participar de um ''De frente com Fernanda'', mas sempre lia o conteúdo e dava altas risadas com algumas coisas.. Seria ótimo se o Bara Place voltasse, mas você disse que simplesmente não tem tempo, mas não se preocupe minha querida, nos esperamos 1, 2, ou até 10 anos pelo seu retorno, sempre estaremos aqui na esperança de seu retorno..
Seu blog sempre estará no meu coração e memoria, pois através dele tive o meu primeiro e excitante contato com esse mundo maravilhoso do yaoi e bara , não me lembro ao certo como foi que eu descobri o blog, mas não me arrependo dessa incrível descoberta...
Aprendi e descobri sobre varias coisas no blog, conheci umas pessoas perto de mim(conhecidos,e meu primo <3) que também acessavam o blog, foi muito divertido..
Quando eu descobri seu blog eu fiquei meio ''desconcertado'' com o assunto em geral, eu vi todo o conteúdo q tinha lançado ate o momento, mas depois eu fiquei pensando tipo, ''Gente!! Fiquei excitado por ver o desenho de um homem pelado, eu sou estranho?''.. KKKK.. Lembrando agora foi até engraçado..
Não vou estender mais esse texto então vou pular para as palavras finais..
Eu agradeço do fundo do coração não sei explicar o porque.. Só sei q estou agradecido..
Espero ver suas traduções mais vezes por aquii no B de Bara, é gratificante relembrar seu estilo de tradução..
PS: @Otoko, após essa incrível entrevista coma fernanda, eu me prontifico a começar a comentar seus trabalhos.. ;D #CaraDePau.. kkk.. ^^
OBrigado *-*
ResponderExcluirValeu a pena ler até o final... Apesar d estar um pouco tonto @.@... Muito boa a entrevista... B de Bara eh meu xodozinho e nunca tinha entrado em outros sites do gênero, mas espero poder ver mais e mais blogs quando possível ^~^
ResponderExcluirSempre acompanhava a fernanda e o bara place...
ResponderExcluirposso dizer que foi um dos meus primeiros sites bara, junto com o yaoi4boys. :)
Gosto muito de você, e espero que volte. :v
Manda um manga por mês... já é uma ajuda :')
Caralho mano, é exatamente como eu me sinto agr. Descobri esse site a poucas semanas mas ainda nao contei pra ninguem sobre a minha sexualidade. Minha familia e as veses amigos sempre bincam que jamais aceitariam um filho gay, agora imagina um gay do lado deles... nem sei oque esperar. Mas também eu nao sou do tipo "afeminado" oque torna muito mais dificil pq sempre tiveram uma imagem de hétero ao olharem pra mim, e nesse site é onde eu realmente consigo me sentir bem, sei muito bem como vc se sentia antigamente e fico muito feliz que vc tenha conseguido dar esse passo adiante. Espero conseguir eu tbm dar este passo, mas acho que nao vai rolar (T^T) Também to tao indeciso, raramente sinto atração por algumas mulheres... mas é muito raro. Eu queria ver a primeira materia que tava lá no link aqui na reportagem ( mas nao ta funfando, vou procurar pelo site ) pra descobrir se é uma fase... mas já faz tanto tempo que começei a sentir atração por homens que nem sei se pode ser chamado de fase. Seu comentario foi mto lindo mano. E obg pela reportagem pessoas do BdeBara !
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