Boa noite. Estamos
começando a quarta edição da coluna Otoko Repórter, um espaço informativo e
opinativo no B de Bara. Este mês falarei sobre furries. Então pergunto a você: Qual o
seu animal favorito?
Furry
(peludos em uma tradução literal) é uma subcultura que reúne fãs de desenhos de
animais antropomorfizados de animações, HQs e jogos. Os furries ganharam
expressividade da mesma forma que as culturas nerd, geeks e otakus, ou seja, juntara uma grande
quantidade de adeptos através das redes sociais e, posteriormente, começara a
se reunir em encontros presenciais.
Para
destrinchar a camada mais superficial desta cultura contei com a ajuda do urso
polar Grey,29 anos, com 12 anos de atuação no ambiente furry. Em entrevista ele me
explicou diversos detalhes desta cultura fabulosa que agora apresentarei a
vocês.
A cultura Furry e a antropomorfização
Os furries
possuem em sua totalidade uma admiração e respeito pelos animais, seja em suas
representações artísticas ou em suas formas naturais. “Existem alguns até mesmo
trabalham com animais, como biólogos, ou mesmo em grupos de proteção a animais”, ilustrou grey.
“Que fofinho!”
A
esmagadora maioria dos furries costuma desenhar animais antropomorfizados,
escrever contos envolvendo os mesmos ou até produzir materiais artesanais com
eles como inspiração.
Já tivemos um conto furry
no B de bara, quem quiser ler, clique na imagem
A
antropomorfização é um elemento estético fundamental da cultura furry. Por ela
entendemos a atribuição de características humanas a animais e vice-versa. Ela
se fez presente na cultura de massa através das histórias em quadrinhos e
animações da década de 1970 que incluem “Hobin Hood” da Walt Disney e “A Longa
Jornada” de Richard Adams.
Não foi bem isso que quis
dizer com antropomorfização, mas tá valendo
clique na imagem para assistir ao trailer
Porém o
tema já era abordado nas fábulas de Jean de La Fontaine onde os animais possuem
personalidades humanas bem marcantes. Assim quando lemos uma fábula com uma
raposa não sabemos se é a mesma de outra história já, no entanto sabemos
exatamente como aquele animal deve agir.
O leão e o Rato de La
Fontaine (clique na imagem para ler)
A zooantropomorfização
também está presente na mitologia como podemos ver no deus Anubis (da cultura
egípcia antiga), no minotauro e no sátiro (nas culturas clássicas) ou nos
tanukis da cultura japonesa.
O
condicionamento de personalidade à espécie não é uma regra. Nos desenhos
animados da Hanna-Barbera, por exemplo, não há nenhuma semelhança de traços
psicológicos entre o Mandachuva (título original, Top Cat) e os Swat Cats, por
exemplo.
Mandachuva
(adorei o reconceito) clique na imagem para ver um episódio
Eu
adorava este desenho. Corria para frente da TV assim que tocava a abertura. (clique
nas imagens para ver um episódio)
A
antropomorfização, como disse, pode acontecer, também, em um caminho inverso.
Com seres humanos com características de animais. O melhor exemplo que temos
disso são os Thunder Cats, que aconselho a vocês que deem uma boa olhada tanto
na versão antiga como na nova pois são muito boas.
Um dos
meus favoritos (clique nas imagens para ver um episódio)
Convenhamos, o Panthro só
ganhou nesta nova versão
O fandom furry
Fandom é a
junção das palavras fan (fã) e kingdom (reino) e representa o coletivo de fãs
de um determinado tema. Como toda cultura o fandom é bem grande, porém se
divide em vários subgrupos. Logo podemos entender que os furries são uma subcultura da cultura geek, que é uma subcultura da cultura nerd e
dentro da subcultura furry há diversas outras.
A origem do
fandom mundial é um pouco incerta, mas ela se liga às convenções de ficção
científica da década 1980 nos Estados Unidos. Porém a comunidade furry só
começou a se aglutinar com a popularização da internet na década de 1990,
quando vários admiradores dos animais antropomorfizados puderam se conectar
pelo mundo e trocar informações usando os bichos que tanto gostavam como seus
avatares.
Hoje o
fandom possui vários encontros tais como FurCom, Fur-st, Kemoket, Comicon (que
terá uma versão brasileira em novembro) e o Abando (este no Brasil). “Também
está sendo planejado um em BH ainda, o Fur Uai, mas ainda esta em fase de
planejamento e organização, então sem uma data marcada ainda”, declarou Grey.
Há também
casos em que alguns donos de fursuits(roupa de furry) e artistas fazem visitas
a hospitais e campanhas envolvendo os direitos dos animais. “Eles vão
fantasiados com fantasias de personagens que os representam e costumam ficar
com as crianças, lendo histórias, fazendo brincadeiras e desenhos tentando
alegrar elas” Contou Grey.
Uma questão espiritual
Dentro do
meio furry há também aqueles que justificam a admiração através de uma questão
espiritual aderindo a filosofias druidas, xamânicas.
Entre estes
estão os otherkin(matéria mais completa em inglês). Para um otherkin
ele teria uma vida anterior não humana, mas agora está habitando um corpo
humano.
Vale
ressaltar que é bem diferente da visão clínica de licantropia de Berggasthof
Scharfetter, que se trata de um distúrbio afetivo, ligado a esquizofrenia que
consiste em uma necessidade de expressar emoções suprimidas através da agressividade e da sexualidade tendo como
ponto de partida um comportamento animal.
Furries e sexo
O sexo é
tratado como algo natural e sem tabus entre os furries. Por isso há uma grande aceitação da homossexualidade e da poligamia. Mesmo
assim o sexo não é o assunto central dos fandoms e a maioria das produções
artísticas dos furries não tem conotação sexual.
Sei que vocês adoram estas
imagens pornô, por isso coloquei na matéria toda, mesmo sabendo que não é o
foco do fandom
“É verdade
que tem um número grande de bi e homossexuais no fandom, mas você esperaria
encontrar pelo menos um pequeno grupo de preconceituosos ou que tivessem algum
desconforto com situações de contato homoafetivo, mas eu jamais, em todo meu
tempo, vi isso no fandom. Só ouvi uma menção ou outra, e mesmo assim uma ou
duas vezes, de um membro que fez algo negativo contra algo desse tipo, mas
seguida por críticas severas de membros próximos”, Declarou Grey.
A zoofilia
existe no meio furry, porém, é em uma quantidade muito pequena de membros.
“Esses são uma minúscula minoria vocal. A maioria jamais faria algo assim com
um animal, acha até mesmo isso absolutamente grotesco. Podemos até perceber que
os personagens antropomórficos têm traços muito mais para humanos que animais
fisicamente”, declarou Grey.
O Lado obscuro
Porém não
podemos tratar os furries como uma massa indivisível, pois dentro do fandom há
diversos tipos de pessoas que atraem tanto olhares positivos como negativos da
mídia. E é obvio que os mais radicais e com pouco bom senso atraem mais
visibilidade negativa da mídia, apesar de não representarem a maioria. Ou vou
precisar citar a matéria do Encontro com Fátima Bernards sobre os Otakus para
relembrar vocês?
“É como
falaram, "pessoas normais não dão noticia", então eles vão atrás dos
mais sem noção do fandom, aqueles que se empolgam demais e perdem a noção do
bom senso (como quem sai andando no shopping ou no mercado de fursuit sem um
aviso ou permissão prévia). Infelizmente são os mais pirados que são mostrados
como "exemplos de membros do fandom", como foi feito há algum tempo
atrás pela MTV e anteriormente em um episódio de CSI”, exemplificou Grey.
Fursona
Normalmente
os furries assumem uma fursona que usam para se identificar em fóruns e jogos
de interpretação (role play ou apenas RP). A fursona é escolhida com base no
gosto da pessoa que irá usá-la e pode ou não ter semelhança com as
características físicas e psicológicas do furry. A única coisa que limita a
criação de uma fursona é a imaginação do usuário (é algo bem próximo ao que se
faz em um jogo de RPG).
“Por
exemplo, minha fursona é um urso polar, por que eu me identifico em físico com
eles, gosto do frio e é um animal q eu admiro e gosto muito” ilustrou Grey.
Fursona do nosso entrevistado, Grey
As fursonas
também são usadas pelos próprios membros do fandom para se representar em suas
produções artísticas, em contos, ilustrações, animações, artesanatos, na
confecção de fursuits e etc...
Fursuits
Uma fursuit
é um cosplay de furry. Normalmente elas são feitas em material sintético e
cobrem todo o corpo daquele que as veste. Porém, ao contrário do que a “mídia”
prega, elas não são de uso obrigatório para quem faz parte do fandom, a maioria
dos membros usa uma camiseta com estampa de algum animal e, talvez, aquelas
famosas orelinhas e rabinhos tão populares em eventos de anime.
“A mídia
costuma mostrar elas como sendo o grande foco do fandom, como que se para se ser um furry você necessita de uma, nem que seja uma cauda e orelhas, mas a verdade é que a maioria esmagadora não tem
uma dessas e nem tem como ter uma, já que sua produção e compra são muito
caras, especialmente dos melhores fursuiters (os artesãos que se especializam
na fabricação das fantasias). Facilmente uma fursuit pode sair por mais de mil
dolares”, Esclareceu, Grey.
Só para mostrar como é
complicado, este vídeo ensina a fazer apenas uma cauda
Sites recomendados
U18chan (site com muitos doujinshis furry)
Faunaurbana (site nacional sobre o tema)
Furaffinity (site só com fanarts de furry, para acessar o
conteúdo erótico você vai precisar fazer uma conta)
Deviantart (rede social obrigatória para desenhistas amadores e profissionais, há muitos
furrys)
Clockworkcreature (loja de fursuits muito realistas)
MixedCandy (loja de fursuits mais estilizadas)
FursuitBrasil (loja de fursuits brasileira)
Abando (site do Abando,
evento furry do Brasil)
Wikifur (enciclopédia virtual furry)
WikifurBR (enciclopédia virtual furry
brasileira)
Blog Clube Bara encerra atividades
É com pesar que informo que o blog Clube Bara encerrou suas atividades na terceira semana de Julho. Já havia algum tempo que o referido blog não lançava nada novo e por vontade do próprio administrador teve que fechar suas portas.
Infelizmente perdemos mais um produtor de
conteúdo bara em português. Isso é muito triste pois existe tanta coisa que não
foi traduzida e tantas oportunidades de fazer coisas diferentes neste universo
pornográfico...
O pior de tudo é que aquilo que mantém uma
informação perene na internet é a quantidade de links que ela possui. Então
toda vez que um site ou um servidor “morre” as informações que lá existiam
ficam mais raras ou desaparecem.
Quem tem mais tempo na internet já sentiu a
perda de vários sites bara (como o amado Bara Place), o fechamento do
megaupload, GeoCities e vários servidores de troca de arquivo por protocolo P2P
(como o uTorrent). Existem mangás bara que simplesmente sumiram da
internet.
Mas voltando ao assunto principal. Admito que
gerenciar um blog não é coisa fácil (afinal experimentei isso na pele mês
passado) e entendo que as vezes é melhor parar quando não se dá conta das
atividades (o que não é meu caso).
Clube Bara, Parabéns pela luta
e por ter tentado
Eu realmente gostaria de saber qual argumento racional
estas pessoas têm para serem contra o casamento entre duas pessoas que se amam
e que seja forte o suficiente para justificar a violência.
Enquanto este povinho
não apresenta nada coerente eu assumo estes argumentos como verídicos:10 razões
para você ser contra o Casamento Gay (clique no link e ria)
Um importante passo foi dado em admitir a preferência
dos homossexuais por determinadas marcas. E pasmem os homofóbicos de plantão,
são as mesmas que os héteros usam. Agora queria uma propaganda com um casal gay
longe da época das Paradas de Orgulho GLBTS, como no Natal, por exemplo. E também estão faltando marcas brasileiras ou
será que o público da Parada de São Paulo não é consumidor?
Consolos furry da Bad
Dragon
A Bad Dragon é uma
loja que cria acessórios sexuais (flashlight, capas penianas e consolos)
baseados em conceitos furries. Mas o que mais me impressionou foram os consolos
na forma dos paus dos bichos 0_o!!!
O do
Razor, o doberman, tem até o nó!
Além de poder
escolher entre uma boa variedades de animais, tamanhos e cores ainda há a opção
de colocar uma bomba para fazer o objeto literalmente gozar dentro do usuário.
Eles até vendem um lubrificante que simula porra.
Isto não é só a reprodução do falo de um tubarão ele
tem um nome (Bruce) e uma história que pode ser lida no site, mas está em
inglês
Preço: Variável
Onde comprar: Bad Dragon
Planet of Machos
A Class comics acabou
de lançar o primeiro número de Planet of Machos. Uma HQ erótica que trata de
uma história de aventura e sexo em um futuro pós-apocalíptico ao estilo Mad
Max.
Preço: R$ 18,23 (cotação de 10 de agosto de 2014)
Preço: R$ 18,23 (cotação de 10 de agosto de 2014)
TOM OF FINLAND - Touko Laaksonen
Nascido
em 08 de maio de 1920
Faleceu
em 7 de Novembro de 1991
Nacionalidade:
Finlandês (óbvio)
Naturalidade: Aldeia
Kaarina
Profissão:
Publicitário, Pianista, Estilista e Ilustrador
Touko teve uma infância incomum para o
ambiente em que nasceu. Na década de 1920 a Finlandia era uma país muito
rústico e tradicionalista. Porém, como seus pais eram professores, Touku teve
acesso a uma educação diferenciada que incluiu artes plásticas literatura e
música. Contam que o choque de ambiente o fez observar muito cedo (aos cinco
anos) os homens de sua vila de uma forma diferente, admirando seus corpos e
captando quais traços poderia ser transformados em expressões artísticas da
sensualidade. Vale lembrar que ser homossexual nesta época era um tabu, logo, touko guardava estes
desejos como algo secreto dentro dele.
Como forma de extravasar seus desejos
ocultos, entre os oito e dez anos de idade, ele começou a desenhar algumas
Histórias em Quadrinho envolvendo lenhadores, fazendeiros e homens brutos,
porém sem nenhuma conotação sexual.
Em 1939 Touko se mudou para a cidade de
Helsinki para continuar seus estudos. Lá ele teve contato com outros elementos
que comporiam seu leque de fetiches: policias, operários e marinheiros.
Durante a Segunda Guerra Mundial (1939 a
1945) um acordo de paz assinado em 14 de
março de 1940 fez com que a Finlândia cedesse 10% do seu território à União
Soviética. Nesta época Touko viveu uma
vida extremamente promíscua com os soldados e passou a nutrir um fetiche
especial pelas relações de poder e
pelos (uniformes militares e em especial botas, quepes e coturnos. “Eu
tive todas as minhas primeiras experiências sexuais com soldados alemães. Só os
alemães podiam fazer uniformes como aqueles, isso sem falar das botas”, declarou
Tom no documentário Daddy and
The Muscle Academy (1991).
Sério! Quem não sente tesão por
um uniforme militar?
Segundo a biografia publicada na Coletânia
The Comic Collection Tom of Finlad da editora Taschen, Touko tinha um par de
botas que ele guardava para se masturbar até o dia em que foi pego por sua mãe.
Porém no período Pós-guerra, apesar de estar
bem empregado no ramo publicitário e como pianista, Touko ficou desnorteado
quanto aos seus desejos sexuais, pois já não contava com a presença de seu
principal fetiche. Touko até tentou se inserir no meio gay de Helsinki, mas
nesta época os homossexuais eram muito afeminados e isso não combinava com os
desejos do artista. Nesta época ele se
centrou em manter a memória de seus fetiches fresca em sua mente desenhando
aquilo que haviam sido suas aventuras sexuais no período da Guerra.
Em 1953 (no auge da Pop Art) ele conheceu
Veli, com quem viveria os próximos 28 anos. No final de 1956, Touko, inspirado
pelo ilustrador e incentivado por amigos mandou seus desenhos para uma popular
revista americana a Physique pictorial adotando o pseudônimo Tom. Pouco tempo
depois a edição de primavera de 1957 da mesma revista trouxe um lenhador sorrindo, desenhado por
"Tom of Finland". Não demorou muito para que Tom se tornasse o
desenhista principal da revista.
Ilustração de George Quaintance
Inicialmente, os trabalhos de Tom remetiam
muito a sua infância, com lenhadores e trabalhadores braçais. O clima de Guerra
Fria o impedia de publicar desenhos de homens de uniforme nazista (apesar de
seus desenhos não terem nenhuma orientação política).
Porém, este impedimento, abriu portas para a
entrada dos motoqueiros, suas roupas de couro, topetes e cigarros que
representavam um símbolo de liberdade transviada, masculinidade e poder na
época.
Assim que os desenhos eróticos começaram a
dar retorno Tom passou a usar detalhes mais foto realistas, principalmente na
pele dos personagens e nos detalhes das roupas de couro.
É só comparar
A partir de 1968 Tom passou a buscar um ideal
de beleza masculina expressada através de um personagem. Assim Surgiu Vick, que
por conta de uma americanização tornou-se Mike, Jack que era inspirado no
Tarzan até chegar ao motoqueiro bigodudo Kake em 1968.
Mike
Jack
Kake
Nos Estados Unidos, Tom encontrou espaço para
brigar pela liberdade de direitos dos homossexuais. “Um homem não deve ter
vergonha dos seus fetiches ele deve ficar feliz por aquilo que o dá prazer”, declarou Tom diversas vezes.
Nestes anos Tom levou
a arte homoerótica americana a um novo nível. Os homens que ele desenhava
tinham falos enormes e transavam uns com os outros sem o menor pudor com
direito a fistfucking, exibicionismo, bondage, roupas de couro entre tantos
outros fetiches. Assim ele acabou ditando vários padrões da uma subcultura gay
fetichista.
Em 1968 a editora dinamarquesa DFT publicou uma coletânea de 21 páginas com
histórias do Kake, as quais publicou em intervalos regulares. Em 1971 passou a
trabalhar para a editora Com e também para a Revolta Pres. simultaneamente.
Em 1973, Tom teve sua
primeira exposição em Hamburgo, na Alemanha, porém todos os seus trabalhos foram
roubados exceto um. Ele só voltou a expor em 1978, nos Estados Unidos, nos
Estados de Los Angeles, São Francisco e da Califórnia.
Estas viagens o
tornaram rapidamente uma celebridade do meio gay americano, colocando-o em
contato com muitos outros artistas contemporâneos, inclusive com o editor que
alavancaria sua carreira a níveis estratosféricos, Durk Dehner.
No ano de 1981, Tom
perdeu seu namorado Veli que morreu de um câncer na garganta. Mesmo depois de
ter sido diagnosticado com um enfisema em 1978 Tom reduziu seu ritmo de
trabalho porém não parou de desenhar até sua morte em 1991.
Tom of Finland lutou
por mais de trinta anos para ter sua arte reconhecida. Ele também lutou pela
liberdade sexual e mudou a imagem da cultura homossexual pelo mundo.
Fundação Tom of Finland
Em 1984, Durk Dehner,
incentivou Touko a criar a fundação Tom of Finland com o objetivo de recuperar e
preservar os trabalhos do artista.
Hoje a fundação
trabalha com arte homoerótica de diversos artistas e se tornou a instituição de
maior renome na catalogação, comercialização e exibição deste tipo de material.
Clique na logo para acessar o site da Fundação Tom of Finland
Cultura
Antes mesmo de morrer Tom já havia inspirado
todo o cenário fetichista gay. Hoje, filmes fetichistas usam o cenário
imaginado por Tom como ponto de partida. Ele também inspirou a moda e a cultura
gay americana, sendo um dos passos importantes para a liberdade sexual como a
conhecemos hoje.
O Filme parceiros da noite, do Al
Pachino traz muitas influências à arte Tom of Filand
Posterior mente foi feito o
documentário Interior Leather Bar que mostra a reconstrução das cenas
censuradas no filme do Al Pachino
Sim, tem bonequinho. E sim, o
bonequinho tem caralhão
Tem um filme do Tom que deve ser lançado em 2015
E teve até uma coleção super Fashion! Confira o desfile em homenagem ao autor
Crítica do Otoko
O Tom é simplesmente genial. Ele
trabalha com a sexualidade de uma forma muito natural. O conhecimento de
publicidade dele o possibilitou nos dar aquilo que queríamos ver, homens com
jeito de homem prontos para foder a qualquer hora e em qualquer lugar.
A capacidade dele em criar um
universo fetichista tão presente foi incrível, dura até hoje e já influenciou
muitos artistas, inclusive mangakas.
Porém acho que a busca dele por
um ideal de masculinidade perfeita o limitou muito na criação de personagens
marcantes, que fossem realmente diferentes entre si.
Não me poupo em dizer que a
importância dele para a arte homoerótica ocidental está no mesmo patamar que Gengoroh
Tagame está para o Japão. Talvez até mais, pois o Tom ainda teve de enfrentar
um mundo cheio de preconceitos (até mesmo dentro do meio gay), quebrar tabus e
sofrer duras críticas após o surgimento da AIDS na década de 1980.
Encerramos por aqui a quarta
coluna Otoko Repórter. Espero que tenham gostado. Não vou deixar de lembrar que
hoje é Dia dos pais. Uma data muito complicada para alguns de nós.
Tem aqueles que se afastam
dos seus pais por conta de um machismo estúpido que o impede de aceitar um
filho que não seja heteronormativo. Outros que já chegaram a agredir ou
expulsar um filho de casa.
Para superar alguns de nós
fecham seus corações, Ignorando, fingindo que só precisam suportar “aquele
homem”. Outros buscam a figura paterna na segurança de um namorado mais velho.
Mas acredito que hoje seja
uma data para todos darem uma chance ao amor. Pois mesmo tendo tantos pais
complicados ainda existem aqueles que são os melhores amigos héteros de seus
filhos gays.
Terminamos por
aqui e não deixem de dar sua opinião nos comentários. Se quiserem podem enviar
sugestões de pautas, fandoms e notícias por email também.
PS: As
sugestões que já recebi estão anotadas e em breve estarão por aqui. Só peço que
aguardem, pois só é uma coluna por mês e eu tenho pouco tempo)
Marduk Hunk Otoko
Otoko.
ResponderExcluirNão li...
Mas prometo ler...
Estou nas portas de viajar para o exterior (férias, lindas férias), e está tudo meio corrido.
Mas vi que é Furry. AMOOOOOOOOOOOOOO.
Respondendo a pergunta: Texugo!
Infelizmente vou me afastar do blog até a segunda semana de Setembro.
Beijos B de Bara!
NÃOOOOO!
ResponderExcluirÉ VDD Q O SITE VAI SER CANCELADO?
PF EXPLIQUEM!
cara... quem saiu do ar foi o club bara, o BDB nao tem nada haver com isso somente q os dois blogs eram parceiros.
ExcluirObrigado por esclarecer GoodGuy. Até retiramos o banner que ficava no roda pé do BdB, deu uma dor no coração.
ExcluirBara Place, Clube Bara...
ExcluirDiga que nunca vão encerrar esse blog, eu amo o BDB! :'(
Otokooooo!!!!!!!!!!!!!!!
ResponderExcluirme amarro na sua coluna cara! sempre muito boa. Todo começo de mês to aki pra ler haha!
Nossa. Acho que esse foi o maior Otoko Repórte até hoje, não? o-o
ResponderExcluirMuito informativo. Li tudo. o-o
Pra falar a verdade eu nunca pesquisei sobre a origem do movimento (?) furry. Fiquei até surpreso em saber que existem eventos focados nisso.
Por que será que a maioria do fandom não se importa com os furrys homo? Por que será, né? :P
É meio fora do assunto, mas assistam o Thundercats 2011. >EU< acho melhor que o original, é muito bom. Uma pena que foi cancelado junto com Justiça Jovem. Maldita seja a CN. E_E
Não vou nem comentar o vídeo da Fátima. É muita vergonha alheia pra um vídeo só.
Não conhecia esse Touko. Que legal a história dele. Teve uma juventude bem prazerosa, diga-se de passagem. O que ele se tornou depois disso é um verdadeiro exemplo de pessoa batalhadora. Imagino que não deve ter sido nada fácil e acho incrível como essa fundação continua firme e forte até hoje.
Muito legal essas grandes marcas estarem ajudando na causa. O vídeo da Apple recebeu quase 5000 avaliações negativas, mas também recebeu as quase 20000 avaliações positivas. É um começo, acho. Sonho com um mundo em que as pessoas não se importem com coisas como religião e orientação sexual.
Meu dia dos pais foi bom. Sou um dos que fecham o coração pros pais. Não sei como eles reagiriam. Hoje no almoço de família eles comentaram sobre netos e me senti um pouco mal por saber que nunca poderei dar um à eles, a menos que não se importem que ele seja adotado. Quem sabe? xP
Gostei muito de ler e comentar esse post. Parabéns!
Anônimo: não, o blog não será cancelado.
P.S.
EU QUERO
O GAYSTATION 4
AGORA
TB QUERO UM GAYSTATION 4!!!! E QUE ELE TENHA SITES PORNO GAY COM ASSINATURA GRATUITA!!!! XD
Excluire o Thunder Cats 2011 realmente foi muuuuito bom, fiquei ansiosíssimo para uma nova temporada e quando soube que tinha sido cancelado fiquei abatido u.u (nem tanto né kkk)
Obrigado por ler tudo. Escrevo pensando em trazer uma informação de qualidade e tentei fechar o maior número de questões possíveis sobre o tema. Obrigado pelos elogios. PS: (eu quero um Panthro 2011 para mim)
ExcluirAmo Furrys mas nunca pensei em pesquisar mais sobre a cultura, com esse post eu pude deixar de ser um pouco menos ignorante.
ResponderExcluirAdoraria poder ir em um evento com cauda e orelhas de lobo ou um lindo set de tigre (・ω・) (obs: TIGRES FOR EVER <3)
Obrigado Otoko-sama pelo post!! (づ ̄ 3 ̄)づ
☆.。.:*・°☆.。.:*・°☆.。.:*・°☆.。.:*・°☆.。.:*・°☆.。.:*・°☆.。.:*・°☆.。.:*・°☆.。.:*・°☆
Otoko! Genial como sempre!!!
ResponderExcluirFurrie sempre foi um dos meus temas favoritos e sou fan de carteirinha do tom (Fiquei pirado com a idéia de que vai sair um filme dele ano que vem)!
10/10 esse post
ResponderExcluirMuito interessante e informativo , Parabéns Otoko-kun! Mas, seria melhor ainda se voltarem a trazer Wolf Guy para o Blog! Fico impressionado com a quantidade de faz que esse mangá tem!
ResponderExcluirVocê não é o primeiro a pedir Wolf Guy, mas pessoa que aguarde um pouco, sei que um de nossos tradutores deve trazer logo este tão amado mangá de volta ao B.
ExcluirAdmiro, e muito, a cultura furry.
ResponderExcluirTambém considero grotescas a maioria das ilustrações envolvendo furries - Algumas até se salvam (B de Bara, E621 e WFA que o digam! :P ) -.
Tenho alguns projetos - de livros, quadrinhos, jogos ou animações - envolvendo aspectos da cultura furry - Algum erotismo e pornozinho sadio também estão inclusos :P -.
Gosto muito do B de Bara, pelo ótimo material de referência - Além de 'distrações' para dar aquela 'aliviada' ;) -, além das colunas do Otoko Repórter, as quais estão melhorando a cada dia. :D
Só para deixar explícito: Sou homem, hétero, mas que curte uma boa foda entre machos - Sem frescura(Viadagem/Bichice), falou? ;) -.
E, para responder à pergunta: A maioria dos mamíferos (Especificamente - Lobos, Tigres, Lontras e Morcegos.).
Furry é tudo de bom,tem criaturas fofinhas que te aquecem nos dias frios(^^)
ResponderExcluir