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GRIGO OTOKO

Otoko Repórter nº 03


Boa noite. Estamos começando a terceira edição da coluna Otoko Repórter, um espaço informativo e opinativo no B de Bara. Este mês falarei sobre os cinco fetiches mais populares do gay japonês. Então pergunto a você: Você acha os fetiches japoneses bizarros?


Antes de falar diretamente sobre os fetiches japoneses é bom entendermos um pouco a sociedade nipônica, assim talvez, as taras deles nãpareçatãbizarras.


Em geral os japoneses pensam muito mais no coletivo que no individual. Sendo assim, na sociedade japonesa todos devem agir conforme o esperado pelos demais indivíduos. Este pensamento coletivo que faz com que os japoneses tomem algumas atitudes muito peculiares, como foi o caso dos torcedores que ajudaram a limpar o estádio mesmo depois da derrota do Japão durante a Copa. (confira a notícia) 
Por isso o japonês padrão pensa muito no que os outros vão pensar dele em público. Porém, isso é só em público. Em casa, ou longe dos olhos de todos, tudo vale, desde que não prejudique outro individuo. Qualquer atitude fora do esperado é considerada bizarra ou pervertida.

  O que o pensar de mim é uma frase recorrente em vários mangás

Não posso dizer se isso é algo bom ou ruim. Em alguns casos é muito bom em outros não. Afinal, se todos pensassem mais no coletivo nossa sociedade seria mais honesta, porém, viver intimidado por conta do pensamento alheio não é algo que eu gostaria de experimentar.

Gakuran

É muito comum encontrar mangás em que os personagens estejam usando uniformes escolares. Entre os diversos uniformes usados pelos estudantes japoneses o mais popular é o gakuran. Gakuran é aquele uniforme preto ou azul marinho com gola reta e alta (quem assistiu Yuyu Hakusho sabe do que estou falando).


Porém, não é por usar um gakuran que o personagem necessariamente seja menor de idade. Muitas vezes, nos baras, veremos homens imensos nestes uniformes que dificilmente teriam menos de 18 anos.


Isso acontece porque o gakuran representa mais que um uniforme para os japoneses. É uma roupa associada ao período escolar, uma época em que eles são mais livres para agir e escolher o que desejam para o futuro. Também é quando se conhece o sexo e o amor, logo, onde acontecem muitas experiências emocionais. Depois do período escolar os japoneses entram em uma faculdade ou arrumam um trabalho e passam a ser muito cobrados pela sociedade, então, aquela vida “livre” da época de colégio fica cada vez mais distante.

Muitos japoneses chegam a guardar o uniforme para se lembrar daquele período ou a usam-nos enquanto transam com a ideia de voltar aquela época de auto descobrimento.

Fundoshi

Antes do contato com os ocidentais os japoneses não usavam cuecas e sungas como as nossas. Ao invés disso eles vestiam um tipo de tanga que passa entre as nádegas e se amarra nas laterais ou nas costas, o fundoshi.


Veja como é fácil de amarrar

Hoje a maioria dos japoneses usa cuecas como as nossas e o fundoshi só é usado em festivais e nas lutas de sumô. Porém, há uma tendência de resgate cultural entre alguns jovens que optam por usar o fundoshi.


Como o fundoshi é amarrado junto ao corpo toda a sustentação dele é dada pela tensão do tecido. Então ele pressiona constantemente o anus e região genital do homem e acaba por absorver uma grande quantidade de suor e odores destas áreas.


Além disso, ele cobre muito pouco da pele. Então, me arrisco a dizer que o fundoshi está para o gay oriental na mesma posição que o biquíni fio dental está para o hétero brasileiro.


Você pode encontrar vários tipos de fudoshi, mas nos baras há um que é bem mais popular que os outros: o rokushaku que consiste em um pedaço de pano de 16~34cm de largura por 130~230cm de comprimento (estas medidas dependem de quem for usar). Este fudoshi é o mais versátil de todos, podendo ser usado em várias ocasiões e para praticar esportes, pescar e nadar.(É o modelo que apresentado nos vídeos acima)


Operários da construção civil

Após a Segunda Guerra Mundial, o Japão trabalho pelo crescimento de suas principais cidades, aumentando suas densidades demográficas e consequentemente, a necessidade de espaço para abrigar estas pessoas.

Para isso eram necessários muitos operários para a construção civil, que fossem fortes e rápidos o bastante para acompanhar o desenvolvimento do país. Por este motivo esses homens se tornaram um símbolo de masculinidade e responsabilidade.

Olhando desta forma não é a mesma coisa que um mero fetiche por pedreiros

Mas fora os capacetes amarelos, o cinto com ferramentas, as luvas grossas e as camisetas sujas e suadas os operários japoneses possuem duas peças de roupa que os diferenciam dos demais: As calças largas e os jika tabi.



O jika tabi é um calçado que parece com uma sapatilha com sola de borracha só que separando o dedão do pé dos demais dedos. Isso permite que o operário possa se segurar nas vigas com os pés.


O cano do Jika tabi vai até metade da panturrilha e cobre a barra da calça como uma bombacha, assim evitando que ela esbarre ou fique presa em algum obstáculo. 

Kinbaku / shibari


Shibari é uma técnica de dominação envolvendo cordas que pertence ao fetichismo japonês antes mesmo dos primeiros contatos com o ocidente.


Não se trata de um simples bondage (imobilização com cunho sexual), pois a beleza conta tanto quanto a humilhação e o aprisionamento do parceiro.


A origem do Shibari vem de Hojo-jutsu, uma arte marcial desenvolvida entre os anos de 1400 e 1700, com o fim de manter prisioneiros sem que fossem maltratados fisicamente, mas de certa forma ferindo-lhes a honra. Por volta de 1800 o Hojo-jutsu tornou-se kinbaku, assumindo uma postura erótica.   


Bukkake

Bukkake quer dizer encharcar (em uma tradução livre). Mas no meio fetichista japonês significa castigar uma pessoa com a ejaculação de vários homens (vários mesmo, não só dois ou três).



No Japão feudal o bukkake era usado como castigo para as mulheres adúlteras. Mas na década de 1990 a ideia caiu no gosto de diversas produtoras de filmes pornôs ocidentais e orientais. E, óbvio que a indústria gay não deixaria de abordar o assunto.



Com tantas DSTs a prática é perigosa, mas isso não deixa a ideia de ver um homem gostoso imobilizado sendo melado por tantos outros menos excitante. 

Claro que estes cinco não resumem todas as taras dos gays japoneses, apenas as mais populares. Algumas apresentadas aqui e outras que não comentei até podem ser citadas em colunas futuras com mais detalhes.



O Orkut, para muitos, foi uma revolução na forma de se interagir pela internet. Era mais fácil e dinâmico encontrar comunidades  de pessoas com o mesmo interesse (como a Yaoi Bear). Foi lá onde passei a usar o nick name Otoko”. Isso sem falar das diversas comunidades  de fakes e fanfics. Ficaremos com saudades...

Hospital chinês lança máquina para recolher sêmen

Sem comentários... 



Eu o queria falar de Copa do Mundo por aqui, mas depois dessa o tem como evitar. Milhões gastos com estádios e Fulecos e tudo que o Brasil precisa para melhorar a economia é de uma Parada do Orgulho Gay.

Enquanto isso, nos vestiários...


A editora Bruno Gmünder liberou em seu catálogo Outono 2014 três mangas baras inéditos traduzidos oficialmente para o inglês: Priapus (Itto Mentaiko) ; More and More of You and Other Stories  (Takeshi Mats) e Fisherman’s Lodge  (Gengoroh Tagame).


Abarenbou Rikishi!! Matsutarou



Este anime trata da história de um lutador de sumô chamado Matsutarou Sakaguchi. Apesar dele ser grande, forte, parrudão e ter talento para a arte marcial ele é um preguiçoso de carteirinha.

Para quem curte um gordinho de fundoshi 
este é um prato cheio.

Onde encontrar: anbient

Big is Better

Para quem não conhece a editor Bruno Gmünder aqui está uma das publicações mais populares desta editora. “O que um saco de músculo gigante de mais de dois metros e um jovem rapaz com algo XXXL (Extra Grande) dentro das suas calças tem em comum? Mais do que você pensa! Big is Better apresenta a história de amor de duas pessoas banidas do convívio social e do mundo que encontraram o amor um no outro exatamente por causa de suas peculiaridades.” (tradução da resenha oficial feita pelo nosso querido Grigolow_BJ)


BIG IS BETTER
Autor: Song
240 páginas
Tamanho: 17.5 x 24 cm
Idioma: Inglês
Lançamento: Maio 2013
Valor: 17,95 €
Onde comprar: Bruno Gmüender


Zangief  Redcyclone



Aniversário 1º de junho
Signo: Gêmeos
Nacionalidade: Rússia
Campo de treinamento: Sibéria
Estréia:  Street Figther II
Estilos de Combate: Wrestling e Sambo
Altura:2,14
Peso: 115Kg










O quê este grandão tem de gostoso?
Nosso russo grandão não é só um corpanzil adornado de músculos cobertos por um bem aparado tapete de pelos peitorais. Quem joga com ele desde o SFII já reparava no avantajado volume escondido dentro daquele sungão vermelho.
E o que dizer dos golpes? O famoso Pilão Giratório sempre me pareceu um belo 69, onde ele enfia a cara do adversário para cheirar seu saco enquanto lhe aplica um cunete.  Se o oponente não for derrotado pelo traumatismo craniano estará com o pinto duro demais par continuar. KO! 

 Detalhes em 1:31


Relacionamento
Até tentaram empurrar a Ribon Mika para o Redecyclone, mas acho que ela terá que esfregar a boceta em outro, pois facilmente encontramos o grandão agarrado com Abel ou com o Ed.Honda. Depois de participar do filme Detona Ralph muitos confirmaram que o machão é um bearzão disposto a um relacionamento sério com outro macho. 



Pontos negativos
O único ponto negativo deste czar do bara é o fato dele ser um grande esfolador de mãos. Não estou falando só por conta das bronhas que batemos para saudá-lo, mas da execução dos golpes dele que envolvem fazer de uma a duas voltas de 360º no joystick e apertar mais um ou dois botões simultaneamente.   Agora, imagine fazer tudo isso enquanto se bate uma?









Encerramos por aqui a terceira coluna Otoko Repórter. Espero que tenham gostado. Não pude abordar todos os fetiches japoneses, mas posso fazer outras colunas sobre eles ou pegar alguns em específico para aprofundar. Por isso não deixem de dar sua opinião nos comentários. Notem que a partir desta coluna estou usando uma outra cor de fonte, a sugestão  veio do meu amável revisor Saitou Gui (obrigado). Se quiserem podem enviar sugestões de pautas, fandoms e notícias por e-mail também.

Encerrarei esta coluna com um vídeo muito divertido de uma publicidade do Burgger King. 


Marduk Hunk Otoko

8 comentários:

  1. Oláaaaaaaaaaaaaaaaaaa...

    Adorei essa coluna. Nunca achei os fetiches dos japoneses bizarros, (pelo menos os fetiches que eu conheço), muita coisa que já foi dita (nessa parte dos fetiches, eu já conhecia, ou imaginava)

    Agora a morte do Orkut já era uma coisa esperada (pelo menos eu esperava). Esse recolhedor de sêmen é bizarrooooooooooooooooooooooooooooooooo...

    Enfim ótimo post, Zangief é gostosin, mas só! rsrsrs

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  2. Gostei do assunto do mês: fetiches. :p

    Os fetiches japoneses são bem normais até. Acho que aquela parte do coletivo explica aquelas "cenas" de mangás doidas como a da janela em Loveless. lol
    Confesso que tenho tara por uniformes escolares exatamente pelos motivos aí ditos. Apesar de eu não ter experimentado nada do lado sexual, foi a melhor fase da minha vida com certeza.
    Acho fundoshis muito broxantes, sério. Prefiro as tradicionais cuecas mesmo.
    Essa tara por operários explica o Gantetsu.
    Shibari parece meio hardcore. Tem um mangá do Mentaiko que com isso. Se alguém estiver interessado o nome é "Swift as Lightning", só jogar no Google.
    Bukkake... Bem, como eu já disse aqui antes sou bem tradicional em relação a isso, então raramente apoio.

    Sobre o Orkut, quero mais é que se lasque, já passou da hora.
    Aquela informação sobre a parada gay é mesmo verídica? o-o
    Quando li o título da notícia da editora lá achei que era no Brasil. Acho que não daria muito certo, então que bom que não é aqui. kkk

    Não me interessei por nada da parte do "Eu quero!", nem pelo fandom, então vou encerrar meu comentário por aqui mesmo. :p

    Ótima coluna, Otoko. Deve ter dado um trabalho pesquisar tudo isso...

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    1. Obrigado pelas críticas.
      Quanto a morte do Orkut, imagino que para alguns realmente não signifique nada pq já pegaram tudo pronto hoje, não conheceram a internet discada, e não sabem direito como as redes sociais mudaram a forma das pessoas se comunicarem. Não é algo bom nem ruim, só uma época diferente.
      Quanto ao fandom e aos produtos do "Eu quero" eu estou sempre aberto à sugestões (darei os créditos aos que colaborarem, claro). Podem enviar pelo "Fale conosco" que leio diariamente todos os e-mails.

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    2. Eu tive internet discada e tenho um orkut desde a época em que pra se registrar nele era necessário convite. Scraps, depoimentos, jogos, Buddypoke (minha nossa como isso era inútil), Colheita Feliz, mas o mais legal eram as comunidades e seu sistema de fórum, fiz muitas amizades por lá. Até hoje me mantenho em contato com o pessoal que nele conheci. No final todo mundo acabou indo pro Facebook ou outras redes, o tempo dele passou, só isso. Sim, foi importante, mas passou, acontece. Foi ótimo a Google ter decidido manter um histórico dele. Daqui uns anos vou fazer questão de procurar minhas coisas nesse histórico. XD

      Só aconteceu de eu não me interessar por nada dessa vez. Não dá pra agradar a todos, sei disso. ^^
      Hoje pesquisei um pouco sobre o anime e acho que vou assistir, só pra ver. u_u

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  3. Adorei a galeria !

    Mas um assunto que eu gostaria muito de ver aqui no blog com a sua visão seria a relação do gay com a igreja. Com a fé, com Deus, com o preconceito. Acho vc teria uma nova visão pra isso pois adoro ler todas suas matérias.
    Eu meio que uso a igreja como desculpa por não namorar. Vou a uma igreja evangélica protestante. E mesmo tendo que aturar os sermões mau dados de que os homossexuais não vão pro céu, eu continuo indo até la porq eu creio em Deus, só acho essa mensagem de que ser gay é coisa do demônio um pouco forçada demais.

    Acho que com sua forma de escrever retrataria bem o nosso sistema de hoje. ^^

    Voltando a coluna (A do Neymar parece estar quebrada -wtf) Gostei muito, pois não se encontra nada assim em outros lugares. BdB. Otoko.

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    1. Obrigado pelas críticas. Sua sugestão foi anotada. Mesmo sendo um tema delicado é de grande relevância.

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  4. Eu shippo Ralph e Zangief hehe
    Gostei da coluna, Otoko! Legal saber mais sobre os fetiches e talz... eu curto fundoshi. Seria legal ter uma xD

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  5. mesmo que tenha tentado explicar o mais psicologicamente possível, a real é: Japas são pervertidos kkkkkkk isso se deve justamente pelo fato que vc mesmo falou de eles se sentirem sempre na obrigação de agir de acordo com o padrão rigoroso do que é aceitável. Ao contrario de nós que justo por termos certa "liberdade" temos uma mente mais... saudável. MAS isso tambem não ajuda porq se forma então a seguinte real. ELES: pervertidos porq são super reprimidos. NÒS: pervertidos porq escolhemos ser. kkkkkkkkkkkkkkkkkk

    essa minha teoria tambem se espalha pela parte que fala do gakuran e tudo mais. caramba os coitadinhos sofrem tantos microtraumas que eu poderia escrever linhas e mais linhas analisando cada ponto desse psicologico T^T

    e por fim chego a dizer que então acho sim normal que eles fantasiem tanto já o mundo fictisio é um dos poucos no qual toda e qualquer pessoa japa ou não pode estravasar os pesares de sua mente. E como a questão da enquete é saber se acho bizarros os fetiches ou não, a resposta é: se vc acaba de começar a ler, bara, lemon, yaoi, yuri, ou qualque outra qalidade de mangá, vc sempre vai encontrar coisas que a principil vao parecer nojentas, mas que a medida em que vc se torna veterano no assunto (kkkkkkk sinto-me ridiculo agora) vc acaba mas que se acostumando, vc passa a entender o porq de cada coisa e então sua visão de bizarro muda.

    FIM 'u'

    Aqui é Lenny Oribu agradecendo mais uma vez. Arigatou bara-sensei e até a proxima!! (le~ dando tchauzinho)

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